Tite avalia derrota para o Grêmio: ‘Flamengo sentiu o gol’

Mengão foi derrotado para o clube gaúcho por 3 a 2

Tite avalia derrota para o Grêmio: 'Flamengo sentiu o gol'
Foto: Reprodução

Fora de casa, o Flamengo foi derrotado pelo Grêmio por 3 a 2 na noite desta quarta-feira. Depois da partida, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e, entre diversos assuntos, falou sobre o jogo e a saída de Pulgar.

”Desses diferentes momentos do jogo, porque começamos muito bem, o Grêmio cresceu e equilibrou. Voltamos bem do primeiro tempo. Tiveram o gol de empate numa circunstância de infiltração central. O Flamengo sentiu o gol, e isso é um processo de maturidade. Aí eles tiveram efetividade, fizeram os gols. Com as mexidas, ainda tivemos velocidade, mas o insuficiente para empatar”, disse Tite, antes de emendar:

”O Pulgar saiu por condição clínica, estava com uma virose e debilitado. Está sendo medicado. Não fosse, não sairia”, complementou.

Confira outros trechos da coletiva de Tite:

Virada foi um acidente?

”Não. Ele tem uma causa, tem uma análise a ser feita. Antes, colocar o aspecto. Quando toma o gol, tem que ter absorver. Tem de ter a naturalidade e maturidade para seguir com desempenho. O Grêmio foi efetivo nas oportunidades que teve. Isso também conta para o jogo. Nós estávamos a mercê, faltou um pouco de contundência. Dominávamos o jogo para buscar e fazer o gol para ter mais tranquilidade”

Saída de Pablo

”A substituição do Pablo foi ofensiva pro Thiago Maia fazer uma saída maior para ter mais um jogador de articulação atrás para ter mais uma construção para chegar à frente”

Avaliação de Cebolinha e Bruno Henrique poupado

”Do Bruno você precisa de todas as avaliações. Para 90 minutos, seria muito difícil para manter o nível. Para menos teria. Com plantel que tem e oportunidades que são, tinha o Cebolinha para participar. Teve efetividade, fez um belo primeiro tempo, depois foi caindo um pouquinho. Por isso a substituição para ter um jogador num curto espaço de tempo, mas numa condição melhor”

Preocupação em recuperar os atacantes

”O conjunto todo. No futebol eu aprendi que somos todos responsáveis. O técnico maior pela visibilidade e pelas escolhas. É da atribuição. Não tem esse jogador, não foi essa situação, senão facilita todas, não é um esporte individual. Todos nós temos a condição de crescer. Eu, inclusive, no conhecimento dos atletas e da utilização, é (parte) da minha transição, da minha chegada para conhecer os atletas e desenvolver o trabalho”

Foco em qual parte do time e como escalar sem Pulgar na próxima rodada?

”A sustentação desses dois meio-campistas (Pulgar e Thiago Maia) tem sido fundamental na organização da equipe. Tenho a consciência dessa mobilidade e a importância desses dois. É fácil o técnico assumir e ter vitória. É fácil assumir a vitória. Mas eu tenho a consciência que preciso do discernimento para que essa construção, inclusive de confiança, se prolongue. Inclusive para conhecer os atletas e saber em que momento importante eles podem ser ajudados. Esse tempo agora (de treino) vai ser importante também para isso”

Classificação equilibrada

”Quando eu assumi do segundo ao nono colocado estava assim e há um equilíbrio muito forte. A busca foi, desde o início, da (vaga na) Libertadores direta e há concorrência muito forte”

Pressão por resultados e primeira derrota

”A pressão e a exposição do técnico… O técnico de futebol traz uma série de benefícios extraordinários, mas traz uma visibilidade e uma cobrança na mesma proporção num grande clube e numa grande marca. Tem que ter serenidade, discernimento e conhecimento para poder absorver. Faz parte do jogo”

Problema psicológico da equipe

”O jogo de futebol apresenta diferentes fases. Eu não falei desligar e nem em termos psicológicos. O futebol, tal qual em outro esporte, eu uso o boxe como exemplo. Quando você recebe um jab, você traz para trás e se resguarda. Vou ser específico para futebol: você tomou o gol, fica com a bola. Fica com o controle, fica com o domínio. E naturalmente você vai retomar o seu melhor nível. Esses pequenos ajustes são necessários”

Renato surpreendeu?

”No segundo tempo, estávamos com volume, criando oportunidades não tão contundentes, mas com o domínio do jogo. O Renato foi feliz porque acelerou o time, botou a garotada para acelerar. Nessa primeira jogada de infiltração central, o Ferreira teve essa característica. Entrou e finalizou no gol de empate. Tem méritos, claro, o adversário. Ele acelerou a equipe, mas o Flamengo não se surpreendeu. Ele buscou, queria o segundo gol. Saiu Pulgar, ele trouxe um jogador de articulação. Daquilo que é o modelo do Flamengo. Não quero retirar aquilo que é o molde e o que são os links do Flamengo”, finalizou Tite.