O jogo no Mineirão teve um início com a pressão natural do Cruzeiro, que estava desesperado para evitar a zona de rebaixamento. O time mineiro marcava de forma intensa e tinha fluência pela esquerda, com os laterais Marlon e Kaiki indo ao ataque, pressionando Wesley. Pelo menos foi essa a análise feita pelo jornalista André Rocha, tem texto publicado em seu blog.
De acordo com o jornalista, Gerson não conseguia organizar o jogo pelo meio-campo, mesmo com a ajuda de Pulgar atuando mais adiantado, já que Thiago Maia estava mais recuado à frente da defesa. Everton Ribeiro, posicionado mais aberto à direita, recuava para receber a bola, mas tinha dificuldade em manter a posse e isso resultava em contra-ataques do Cruzeiro.
O Cruzeiro teve sua melhor chance na partida após uma bola perdida por Everton Ribeiro. Marlon cruzou, e Ian Luccas desviou a bola, forçando uma grande defesa de Rossi. Na opinião de André, Tite agiu rapidamente para ajustar o time. Ele inverteu as posições de Everton Ribeiro e Gerson, permitindo que o segundo atuasse na ala direita. Com isso, Everton começou a se movimentar mais pelo meio, o que permitiu ao Flamengo controlar melhor o jogo.
Ayrton Lucas aproveitou o espaço para atacar e abriu o placar após uma rebatida de Luciano Castán. Pouco tempo depois, Gerson acionou Wesley, que sofreu um pênalti cometido por Neris. Pedro converteu o pênalti, colocando o Flamengo com 2 a 0.
Na segunda etapa, o Flamengo conseguiu controlar o jogo e defender bem, negando espaços ao Cruzeiro. O time carioca ganhou a maioria das disputas aéreas e, apesar da saída de David Luiz devido a uma torção no tornozelo, manteve a defesa sólida.
A vitória na estreia do novo treinador trouxe confiança para o Flamengo e já o colocou no G-4, que é o objetivo tangível para o restante do Brasileirão. Tite ainda terá muito trabalho pela frente, mas demonstrou em seu primeiro jogo que é capaz de analisar a partida e fazer mudanças táticas rápidas, sem esperar pelo intervalo ou por substituições precoces.