Depois do empate em 1 a 1 contra o Ceará, o Flamengo alcançou momentaneamente o G4 do Campeonato Brasileiro. No entanto, o Mais Querido pode ver o líder Atlético-MG abrir uma vantagem maior ainda, caso vença o Fluminense nesta segunda-feira. No momento a diferença entre o Galo e o Mais Querido é de 9 pontos. Dessa forma, o comentarista Carlos Eduardo Mansur destacou, durante sua participação no programa Redação SporTV, que a situação do rubro-negro é “bem delicada”. Mesmo que a equipe ainda tenha dois jogos a menos em relação aos adversários.
“A gente coloca o Flamengo como perseguidor do Atlético-MG, imaginando esses dois jogos a menos. É óbvio que o Flamengo pode vir a ser o campeão brasileiro. O Flamengo tem time e está se reforçando para buscar ainda o campeonato. Agora, se isso acontecer, será uma grande arrancada e hoje ela tem um certo grau de improbabilidade que a gente precisa levar em consideração. Se o Atlético vencer hoje e o Flamengo vencer os dois jogos a menos que tem, ele fica a seis pontos. Mas isso significa uma montanha para escalar. Precisa primeiro ganhar os dois jogos, que nem estão agendados ainda. Tem esses dois jogos a menos, 6 pontos de desvantagem, precisaria de um desacerto do Atlético, que não está tão anunciado assim. Enfim, a situação do Flamengo no Campeonato Brasileiro neste momento, antes do Atlético entrar em campo hoje ao menos, ela é bem delicada”, disse Mansur.
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Além disso, Gilmar Ferreira apontou que o Mais Querido tem um elenco muito bom. No entanto, ele perde força quando não tem o trio ofensivo completo — Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol —, como aconteceu na partida contra o Ceará.
“O Flamengo tem um elenco formidável, tem opções muito interessantes. Porém o Flamengo desequilibra as ações quando tem juntos o Arrascaeta, que hoje é o melhor jogador da América do Sul na minha maneira de enxergar futebol, Bruno Henrique e Gabigol. Desses três, o Flamengo só tinha o Gabigol, que perde muito quando não tem o Arrascaeta nem o Bruno Henrique”, disse o comentarista.
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Pedro em má fase pelo Flamengo
Mas outro destaque da partida foi em relação ao Pedro. O atacante não parece viver uma boa fase pelo clube carioca. Além disso, muitos questionaram o treinador Renato Gaúcho pela demora na substituição de Gabigol por Pedro na partida. Sobre isso, Carlos Eduardo Mansur apontou que trabalhar com a dupla de atacantes pode não ser tão fácil assim.
“É óbvio que chama muito a atenção que pela quantidade de desfalques ontem, o Pedro entrar faltando 10 minutos para acabar o jogo. É justo a gente imaginar que poderia ter se encontrado uma solução para que ele jogasse mais minutos numa partida como a de ontem, em que o Flamengo nitidamente tinha dificuldades nos seus movimentos ofensivos exatamente pela perda dos jogadores importantes no setor de ataque. Agora, esse encaixe está se revelando desafiador no Flamengo treinador após treinador, não é uma coisa tão simples como parece”, disse o comentarista.
“A dupla Pedro e Gabigol sempre foi de um encaixe muito difícil, porque nem sempre as características dos dois conseguiram se completar. O Gabigol é um jogador que ataca o espaço e, muitas vezes, ele encontra esse espaço já ocupado pelo Pedro. Sempre que se tentou jogar com essa dupla, o rendimento dos dois não foi potencializado, não foi maximizado. Então não é tão simples assim”, complementou Mansur.