O Flamengo segue com plano de construir um estádio e o Presidente Rodolfo Landim vem trabalhando para que aconteça. O mandatário já se reuniu com o prefeito Eduardo Paes para tratar o assunto e a conversa teve avanços. No entanto, a questão da localização vem trazendo impasses para a situação. Em entrevista ao ‘GE’, Landim falou sobre o tema.
“O estágio atual é de fazer um levantamento macro das áreas disponíveis dentro do Rio, conversando com a Prefeitura, identificando potenciais gargalos de logística, aspectos de fluxo de torcedores e análise de viabilidade de cada uma das áreas que estamos enxergando. Para ser sincero, estamos olhando um pouco de tudo, vendo o que está disponível para tentar achar a melhor área para podermos aprofundar essas análises de viabilidade. Mas o processo ainda é bem preliminar”, disse antes de emendar:
“No início do processo de transformação financeira do Flamengo era impensável fazermos um estádio. Eram R$ 700 milhões de dívida e R$ 200 milhões de receita. Hoje temos receita de R$ 1 bilhão e dívida caindo, em torno de R$ 300 milhões. Isso nos permite avaliar as alternativas para um estádio. O fato de termos sempre um bom plantel em campo também ajuda a atrairmos patrocinadores”, complementou.
Ao mesmo tempo que busca a construção do estádio, o Rubro-Negro comanda o Maracanã. Os últimos acontecimentos envolvendo o estádio irritaram o Fla, que segundo Landim, analisam alternativas. Ainda ao ‘GE’, confira o que ele disse sobre a licitação do Maraca.
“Estamos aguardando o processo licitatório, mas não sabemos exatamente o que vai sair. O governo sinalizou que o processo tinha passado pela Procuradoria, e agora eles iam lançar o edital. Enquanto aguardamos, estamos analisando alternativas, já que não sabemos o que estará escrito. Nós vamos participar do processo licitatório do Maracanã, isso é certo. Já fechamos um acordo com o Fluminense, que é nosso parceiro desde o início do processo. Estamos felizes com a relação. Acho interessante essa aproximação. Mas precisamos avaliar eventualmente outras alternativas”, declarou, antes de encerrar:
“Não podemos reclamar muito da autonomia que temos no Maracanã ao longo dos últimos três anos, para ser franco. Tivemos um problema recente (jogo do Vasco) que nos deixou preocupados, mas, de uma forma geral, nosso relacionamento com o estado e com a administração do Maracanã é muito boa. Tivemos total autonomia. E foram muitas coisas que nós tivemos que fazer, porque o estádio estava em uma situação complicada. Ainda há coisas a serem feitas, mas a maioria já fizemos. Recuperamos iluminação, energia… Eram pias quebradas, vasos… Só funcionavam 28% das luzes. Mas hoje a manutenção é muito boa. A Conmebol, por exemplo, sempre se refere de forma elogiosa. Uma coisa que eu falava na época para o governador Witzel, a quem tenho enorme gratidão por ter confiado, é que os clubes são os maiores interessados em ter um estádio em bom estado. Isso continua agora com o Claudio Castro”, finalizou.