Flamengo e Fluminense se enfrentam neste sábado (15/05), às 21h05, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. Mais cedo, publicamos uma análise tática do rubro-negro. Mas, muitos torcedores do Mais Querido não acompanham as partidas do rival das Laranjeiras e não sabem como joga a equipe dirigida por Roger Machado. Preparamos, então, um material sobre o adversário de hoje.
O tricolor atua no esquema 4-2-3-1, que varia para uma espécie de 4-4-2, quando Nenê se aproxima do Fred. O time é mais perigoso do que muitos falam. O goleiro Marcos Felipe vive bom momento, o lateral-direito Calegari, de 19 anos, é bem promissor. A dupla de zaga, com Nino e Luccas Claro, é muito forte, apesar do último ter começado a temporada abaixo do nível que teve no Brasileirão.
Na lateral-esquerda, o maior problema do time. Egídio é o titular. Embora as vezes contribua no ataque, levando perigo em alguns cruzamentos, ele se desliga em vários momentos na defesa, deixando espaços que o Flamengo pode explorar. No meio, o 1° volante é o jovem e talentoso Martinelli, de 19 anos, e o 2° é Yago Felippe, que não é o mais habilidoso, porém corre muito e tem chegada na área.
Nas pontas, dois jovens. Na esquerda, Luiz Henrique, de 20 anos, que é muito veloz e ajuda na recomposição, mas com menos qualidade na frente. Na direita, Kayky, que é considerado uma das grandes promessas do futebol brasileiro e, inclusive, já está vendido ao Manchester City. Canhoto e habilidoso, o Flamengo precisa redobrar a atenção em cima dele. Mais centralizado, atua o Nenê, que se movimenta bastante e tem muita técnica. Entretanto, pela idade, o jogador, de 39 anos, as vezes não participa tanto do jogo, atrasa alguns contra-ataques e não recompõe. No ataque, Fred, outro veterano, com 37 anos, que também não tem a agilidade de outros tempos, mas que não pode ter espaço, pois ainda sabe finalizar. A prova disso é a atual Libertadores, na qual marcou 4 gols em 4 jogos.
Um outro alerta de preocupação para o Flamengo vem do banco tricolor. Cazares (que já foi algoz do rubro-negro nos tempos de Atlético-MG) costuma entrar no lugar do Nenê e contribui bastante. Já na ponta, Gabriel Teixeira, mais um jovem veloz e habilidoso (mais que o Luiz Henrique, por exemplo), normalmente entra. Olho neles.
Entretanto, um ponto que pode ser fundamental para o Flamengo é justamente a falta de recomposição defensiva da equipe tricolor. Contra o Santa Fé, em pleno Maracanã, por exemplo, o time foi dominado até os 20 minutos da segunda etapa, deixando muitos espaços no meio. Só não sofreu mais gols por falta de qualidade na finalização do adversário. Nenê, Fred, Kayky e o próprio Luiz Henrique contribuíram bem pouco na defesa. Se isso se repetir, será um convite ao poderoso ataque rubro-negro.