Preparador físico está há 14 anos no Flamengo e lembra o início de várias crias da Gávea

Betinho começou trabalhando no Sub-11 e hoje está no profissional

Preparador físico está há 14 anos no Flamengo e lembra o início de várias crias da Gávea
Foto: Arquivo pessoal

Betinho pode ser chamado de cria da Gávea. O preparador físico é filho de Robertinho, responsável pelo cruzamento para Adílio marcar de cabeça e garantir o tricampeonato brasileiro contra o Santos. A relação com o Flamengo vem de berço e de família.

O profissional está no clube há 14 anos e já trabalhou com várias crias da Gávea bem conhecidas, como Paquetá, Reinier, Adryan, Vini Jr, Luiz Antonio e Lázaro. Ele começou no Sub-11 e hoje está no profissional, ganhando vários títulos. Em entrevista para o “GE”, o preparador relevou que passar pela base foi muito importante.

“Estou no profissional desde 2016, mas a essência da base nunca saiu de mim. Foi uma época espetacular da minha vida. Sinto orgulho de ter acompanhado a formação de muitos atletas que hoje são realidade. É gratificante ver a evolução deles, porque a gente se envolve, vira praticamente um familiar durante o processo. Ajudamos no desenvolvimento e ao mesmo tempo tomamos conta, somos responsáveis”.

Betinho aproveitou a oportunidade para falar sobre as joias com quem já trabalhou e relembrou uma história engraçada sobre o início de Paquetá no Flamengo.

“Quando ele chegou para fazer teste no clube, o treinador era o Mauro Félix e o Paquetá era pequenininho, muito menor que os outros. Mas sempre teve muita qualidade, e o Mauro olhava sempre a parte técnica. Quando foi aprovar, perguntou o ano que nasceu. Ele respondeu 1997, só que a idade limite do campo era para nascidos em 1995. Aí, ele escondeu o Paquetá por alguns meses, disse que estava trabalhando o menino. Quando pediam o documento, ele dizia: “Espera que estou avaliando”. Virou o ano e ele brigou para ter a categoria mais nova para não perder o Paquetá para outro clube”.

Outro cria da Gávea que Betinho viu começar foi Reinier. O preparador foi um dos responsáveis por levar o meia-atacante para a Gávea.

“Reinier era o camisa 9 do Fluminense no sub-11. Eu já conhecia o pai dele, Mauro Brasília, que ficava p da vida do filho jogar naquela posição. Segundo ele, só era escalado ali por ser alto, mas a posição dele era meia. O Lázaro já era o camisa 10 do nosso time, mas eu e o Tiago, preparador de goleiros, convencemos o Mauro a levar o Reinier para o Flamengo. Ele só exigiu que o filho não seria usado como centroavante. Como íamos garantir isso? Conversamos com o coordenador da base e deu certo. Assim que o Reinier foi para o Flamengo”.

Reinier e Lázaro nas categorias de base.
Foto: Arquivo Pessoal

O preparador físico estava presente no dia em que Vinicius Jr foi fazer seu teste no Flamengo e lembra que o jovem foi aprovado no primeiro drible que deu no adversário.

“Eu estava no teste do Vinícius Júnior. Lembro que ele deu um drible que o marcador caiu no chão, se enrolou todo e foi parar no alambrado. O treinador aprovou na hora. Estava do lado de fora e lembro bem. O treinador era o Eduardo Jr. Vinícius levou a bola na ponta, driblou um, driblou dois e esticou. Quando ele foi cruzar, deu um corte para dentro. O zagueiro foi dar um carrinho e passou direto. Tivemos que tirar o menino de cima da tela do alambrado, ficou todo enrolado na rede de proteção que fica atrás do gol”.