Política do Flamengo: bastidores pegam fogo dias antes da final da Copa do Brasil

Ruptura entre Rodolfo Landim e Bap escancara problemas na gestão do Mais Querido

Rodolfo Landim reconhece temporada abaixo do esperado: 'Ano ruim'
Foto: André Gallindo / GE

O Flamengo enfrenta um momento de tensão política, antecipando o clima para as eleições do próximo ano. A disputa envolve o presidente Rodolfo Landim, que busca fazer seu sucessor em 2024, e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, atual presidente do Conselho de Administração, que rompeu com a atual gestão para poder se candidatar à presidência. O Conselho Deliberativo está votando duas emendas estatutárias, incluindo uma que prevê a mudança do mandato do presidente de três anos com direito à reeleição para um mandato único de quatro anos a partir de 2025.

A polêmica gira em torno da possibilidade de que a mudança favoreça a permanência de Landim até 2025, com a possibilidade de fazer seu sucessor, que seria o vice-geral, Rodrigo Dunshee. Bap é contra essa possibilidade e articula a rejeição da extensão do mandato para quatro anos. A votação é importante e pode ter impacto na eleição do próximo ano.

Além disso, há outra emenda em debate que pode proibir a participação de candidatos à presidência que ocupem cargos políticos. Isso pode afetar a possibilidade de retorno de Eduardo Bandeira de Mello, que é deputado federal, ao cargo de presidente. Bandeira, no entanto, já afirmou que não deseja ser presidente do clube novamente. A emenda também não impactaria na situação do vice de futebol, Marcos Braz, que é vereador, mas é visto como uma figura com influência na eleição e é um opositor declarado de Bap.