A volta de Pedro aos treinos do Flamengo nesta terça-feira parece ter amenizado um pouco a crise recente, mas não resolveu o problema principal: o atacante não deseja mais trabalhar com o técnico Jorge Sampaoli. De acordo com o jornalista Jorge Nicola, essa posição foi expressa pelo próprio jogador durante uma reunião com o vice-presidente de Futebol do clube, Marcos Braz, na noite de segunda-feira (31).
Pedro deixou claro que prefere ser negociado caso surja uma boa proposta de um clube europeu. Seu nome já foi especulado no Tottenham, e o Zenit chegou a fazer uma consulta sobre a possibilidade de envolvê-lo em uma troca por Wendel, proposta que foi prontamente recusada pelo Flamengo.
Durante a reunião, Marcos Braz foi enfático ao afirmar que não há interesse do Rubro-Negro em vender o atacante para um clube brasileiro. Acredita-se que Pedro possa se tornar um reforço de peso para um concorrente, o que prejudicaria as chances do Flamengo na disputa por títulos. Além disso, qualquer transferência dentro do Brasil neste ano não faria sentido, uma vez que o jogador já excedeu o limite de partidas permitidas para defender outra equipe na Série A do Campeonato Brasileiro.
Vale destacar que a insatisfação de Pedro com Sampaoli é anterior ao episódio em que o preparador físico Pablo Fernández agrediu o atacante com um soco no último sábado (29), após a vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG. O jogador já vinha perdendo espaço no time titular, chegando a ficar no banco de reservas em dois dos últimos quatro jogos, e chegou a reclamar de “covardia psicológica” da comissão técnica de Sampaoli em uma postagem nas redes sociais.
Além disso, a divergência entre Pedro e Sampaoli também incluiu uma discussão em que o técnico argentino criticou o estilo religioso do jogador, sugerindo que isso o tornava menos competitivo no futebol. Esses desentendimentos, somados a comportamentos considerados grosseiros da comissão técnica no dia a dia do clube, têm criado um ambiente insustentável no Ninho do Urubu.