Pedrinho detalha o que Flamengo deveria ter feito para furar a retranca do Cuiabá

Mais Querido não saiu do zero contra o adversário, no Maracanã

(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo empatou com o Cuiabá por 0 a 0, no domingo (17/10), no Maracanã, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido encarou uma retranca forte do adversário, que se fechou o confronto inteiro, e não conseguiu criar grandes chances ao longo da partida. Então, nesta segunda-feira (18/10), o comentarista e ex-jogador Pedrinho detalhou no programa “Seleção SporTV” o que aconteceu no jogo e como o time rubro-negro poderia ter furado a defesa adversária.

“A gente tem 20 jogadores num espaço de 27 metros de comprimento, por 48 de largura, então é muito congestionado. É difícil entrar para o Renato e para outros times que tem qualidade e jogam no campo do adversário. E aí vem o ponto de observação. O Léo Pereira passou o jogo inteiro construindo. Então ele perdeu a função de zagueiro. Eu poderia ter tirado o Léo Pereira, puxado o Arão para a zaga e botado um jogador de frente, trazendo o Andreas para a função do Arão. Assim, vou ter mais um construtor – o Arão, vindo de trás – e eu boto mais um homem de área ao lado de Gabigol, para empurrar e congestionar a última linha”, afirmou Pedrinho.

O comentarista continuou a explicação e deu mais alternativas que poderiam ter sido adotadas por Renato Gaúcho para ter infiltrações no jogo. “Tem que espalhar essa linha de quatro (defensiva do Cuiabá). Para isso, nesse último terço, eu preciso de um jogo posicional. Tinha o Michael aberto, certinho. Então, empurro Matheuzinho para o outro lado, para eles espaçarem os homens, pois tem dois caras abertos nas extremidades. Nisso boto mais dois jogadores centrais e puxo mais um meia, ficando 5 contra 4. Assim, eu alarguei o campo e o adversário vai ter que descer com mais um homem, para fazer uma linha de cinco, abrindo mais espaço no centro do campo”, disse.

Pedrinho também disse que um dos problemas do Mais Querido no jogo foi o local do campo em que fez as trocas de passes. “O Flamengo trabalha com aproximação, todo mundo juntinho, costurando. Não é um jogo de posição. Por isso que eu acho que no último terço deveria ser um jogo mais posicional, porque ele trabalhou aproximação na primeira linha de marcação do Cuiabá, não na última. Se a gente reparar, o Paulão fez todos os cortes com tranquilidade. Se ele traz esses caras para a última linha do Cuiabá, aí ele vai causar um desconforto e aproximação num setor mais perigoso”, finalizou o comentarista.

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