A mudança estatutária no Flamengo promete render bastante ainda na imprensa. O fato de conselheiros do clube terem sugerido uma extensão no mandato do presidente do Fla, Rodolfo Landim, não agradou ex-concorrentes ao cargo.
Ricardo Hinrichsen, um dos adversários de Landim na última eleição, falou em entrevista ao Lance sobre a possibilidade. Para ele, a possibilidade de uma renovação no tempo do mandato iria contra as regras do estatuto.
“O atual presidente já foi reeleito. Está no segundo mandato. Portanto, caso isso seja aprovado, ele não teria apenas dois mandatos, como ficaria sete anos no poder. Isso é absolutamente imoral. Vejo isso como um golpe no processo eleitoral no Flamengo. Lamentável que esse tipo de casuísmo seja levantado neste momento. Não entendo porque alguém iria querer rasgar o estatuto do clube e efetuar esse verdadeiro golpe contra a democracia rubro-negra”, exclamou o ex-candidato a presidência do clube.
Outro opositor que disputou a vaga de presidente com Landim, foi Walter Moteiro. Segundo ele, a iniciativa dos conselheiros de propor a extensão do mandato, não o surpreende, embora ele condene o fato.
“Só posso lamentar, mas não é nenhuma surpresa, é uma conversa que já se ouvia abertamente nos bastidores. Não estou certo de que a proposição atende plenamente a regulação dos clubes de futebol (Lei Pelé e Lei do Profut), mas colocando a questão legal à parte, internamente é possível que seja aprovada sim. Landim controla amplamente os conselhos do clube. É mais um sintoma do sufocamento da democracia no clube”, declarou Walter Moteiro.
