‘Mundial é um painel de desigualdade’, diz Carlos Eduardo Mansur

Jornalista falou sobre a competição em publicação no ‘GE’

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O Mundial de Clubes se aproxima e um possível confronto entre Flamengo e Real Madrid vem gerando muita expectativa. O jornalista Carlos Eduardo Mansur, em publicação no ‘GE’ falou sobre a competição e a diferença dos clubes brasileiros e europeus.

“O assunto da vez é o Flamengo e, claro, o Real Madrid. Mas a experiência tem se repetido ano após ano, nestes tempos em que o Brasil domina a Libertadores. Não vivemos as semanas anteriores ao Mundial de Clubes alimentando a incerteza do desfecho, curtindo a imprevisibilidade de um jogo de futebol. O que fazemos é tentar encontrar caminhos que permitam ao torcedor brasileiro sonhar com o improvável. Discutimos se é possível, num jogo de 90 minutos, surpreender um gigante, evitar que a final tenha o roteiro mais lógico. É um tanto surreal que um clube como o Real Madrid, possível rival do Flamengo numa final de Mundial, tenha 11 representantes na lista, um time inteiro. O Flamengo tem dois: Arrascaeta foi o 92º e Gabigol ficou em 99º. Os únicos de clubes não europeus”, declarou, antes de emendar:

“A globalização e a concentração de dinheiro não conhecem limites e o clube dos ricos é cada vez mais fechado. O poderio da Premier League, ostentado de forma aviltante na última janela de transferências, demostra que, em breve, alguns membros da elite ficarão para trás. Este Flamengo, que tem talento para desafiar a lógica, fará uma legião de apaixonados viajarem ao Marrocos para oferecer o que mais tem dado notoriedade aos sul-americanos neste torneio: as demonstrações de amor de gente movida pela sensação de estar diante de um desafio quase intransponível. O futebol de clubes está doente. E o Mundial é um painel da desigualdade, seja qual for o resultado”, complementou.