No final da tarde de sábado, uma briga com arremessos de garrafas entre torcedores do Flamengo e Palmeiras na rua Padre Antônio Tomás resultou na morte de Gabriela Anelli. Infelizmente, um estilhaço de vidro atingiu seu pescoço, causando sua morte.
É importante ressaltar que o incidente não ocorreu nas proximidades do estádio Palestra Itália, mas sim em uma rua adjacente. Um grave erro estratégico por parte da Polícia Militar permitiu que torcedores uniformizados estivessem presentes em uma área que deveria ser restrita apenas a torcedores visitantes e detentores de camarotes palmeirenses. As duas entradas estão distantes cerca de 500 metros uma da outra.
Se apenas torcedores do Palmeiras tivessem acesso até o portão C1, destinado aos camarotes e lounges premium, e torcedores rubro-negros entrassem pelo portão C, com uma separação total, não haveria risco de confronto direto.
No entanto, houve a presença de torcedores uniformizados do Palmeiras no meio da quadra, próximo aos tapumes que dividiam os setores. Há relatos de que havia poucos policiais para fazer a separação naquele momento.
Os torcedores uniformizados do Palmeiras deveriam ter se concentrado na Avenida Francisco Matarazzo e entrado pelo portão B, que dá acesso ao gol norte, que fica em um local oposto à torcida visitante.
Infelizmente, Gabriela não estava a caminho dos camarotes e não estava envolvida na briga. Ela ingressaria no estádio pelo portão B, no gol norte, na avenida Francisco Matarazzo. Sua morte poderia ter sido evitada se o bloqueio tivesse sido realizado nessa parte da rua.
Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor rubro-negro de 26 anos, está indiciado por homicídio em relação a esse trágico incidente. É uma situação extremamente lamentável que reforça a importância de medidas de segurança adequadas em eventos esportivos para evitar confrontos e garantir a integridade dos torcedores.