A vitória do Flamengo sobre o Grêmio por 2 a 0 em 26 de julho, além de demonstrar um placar que poderia ter sido mais amplo dada a superioridade do time carioca, também trouxe a sensação de que o confronto estava praticamente decidido. Foi o momento mais destacado e impressionante da equipe sob o comando de Jorge Sampaoli. No entanto, tudo mudou nos últimos 18 dias.
A crise se instaurou após o ex-preparador físico de Sampaoli, Pablo Fernández, agredir o atacante Pedro três dias depois da virada sobre o Atlético em Belo Horizonte. Essa situação resultou na demissão de Fernández pelo clube e aprofundou a deterioração do relacionamento entre o elenco e o treinador. Sampaoli, por sua vez, não parece fazer muito esforço para mudar essa dinâmica. Pelo menos é assim que pensa o jornalista Mauro Cezar.
Os jogadores, por outro lado, têm demonstrado desempenhos abaixo do esperado em boa parte dos jogos. Isso ficou evidente na derrota por 3 a 0 para o Cuiabá, na eliminação precoce diante do Olimpia na Libertadores e novamente no empate contra o desorganizado time reserva do São Paulo.
Os jogadores não parecem seguir as orientações do treinador, transformando o time envolvente que enfrentou o Grêmio em um grupo desorganizado em campo. Essa situação aumenta as chances do Grêmio, treinado por Renato Portaluppi. Agora, na partida de quarta-feira, o Grêmio precisará vencer por uma diferença de dois gols para levar a decisão para os pênaltis, ou por três gols para se classificar diretamente para a final da Copa do Brasil.
Um cenário semelhante aconteceu com o Fluminense, que perdeu por 2 a 0 no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, mas conseguiu reverter a situação com uma vitória por 4 a 1 na partida seguinte, resultando na demissão do técnico Vitor Pereira. Se os gremistas acreditarem que podem repetir esse roteiro, jogarem bem e o Flamengo mantiver o mesmo desempenho dos últimos jogos, as chances de classificação do Grêmio aumentarão consideravelmente. Tudo mudou em poucos dias.
