Nesta segunda-feira (14), o laudo pericial solicitado pelo Flamengo confirmou gritos racistas vindo da arquibancada em vídeo, no clássico contra o Fluminense. De acordo com o ”GE”, a filmagem foi analisada por um perito, que comprovou a existência da injúria racial. Além disso, o profissional também comprovou que o vídeo não possui qualquer edição.
O laudo já está nas mão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que já havia aberto inquérito para apuração.
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Após o vídeo repercutir na internet, o Fluminense solicitou a abertura de um inquérito ao TJD. Ao receber a notícia, o Flamengo prontamente anexou um laudo pericial elaborado no inquérito do rival. Além do laudo, o Clube também anexou o vídeo no documento, junto com imagens das câmeras do estadio Nilton Santos.
Em entrevista para a FlaTV após a vitória contra o Audax-RJ, em que marcou um dos gols e comemorou com o punho serrado, um sinal de resistência, o camisa 9 do Mais Querido comentou sobre o caso. Gabi destacou que se pronunciou e foi atrás para resolver o caso principalmente para servir de espelho para muitas outras pessoas que convivem e sofrem com o preconceito racial.
– No momento, eu ouvi quando estava descendo para o vestiário, mas estava tão focado no jogo que acaba passando muito rápido, e eu sabia que depois teria alguma imagem para que eu pudesse provar. A gente não conseguiu achar quem foi, mas é uma cena muito triste porque meus pais e meus amigos estavam lá. É algo que não é viável e que não tem tamanho para quem passa por isso. Fiz isso e faço porque posso representar muitas pessoas que sofrem, e a gente não vê. Ter um exemplo e uma voz ativa é muito importante. Espero que as devidas medidas sejam tomadas. Vi que o Flamengo está se posicionando, o Fluminense tem ajudado, muito legal também receber a mensagem do Vasco. Não é só futebol, é algo que todos devemos entender que não deve existir isso – disse à FlaTV.