Júnior relembra início de carreira difícil e chegada ao Flamengo: ‘Estava desistindo’

Ídolo da Nação Rubro-Negra demorou a se firmar no futebol profissional

(Foto: Reprodução)

Júnior se eternizou na história do Flamengo ao ser peça fundamental do time multicampeão da década de 80. Contudo, poucos torcedores sabem que o início da carreira do ex-jogador foi conturbada, e quase que o Maestro vira administrador. Em entrevista ao site “Ge”, o ídolo da Nação Rubro-Negra relembrou o início difícil na carreira.

“Eu tinha feito teste no Botafogo, levado pelo Neném Prancha, que era muito amigo do Tião, que era dono do Juventus, né? Fiquei um período no Botafogo. Depois fui levado pelo irmão do Giulite Coutinho, que era nosso vizinho, para ficar no América. Mas, na verdade, já estava desistindo porque a concorrência era grande, as dificuldades eram grandes e tal. E eu já estava com 18 pra 19 anos. Aí eu resolvi, “vou parar, vou fazer vestibular'”, contou o ex-jogador.

Chegada ao Flamengo 

O lateral chegou a iniciar os estudos na faculdade de administração. Porém, através de um contato de um amigo do próprio tio, Júnior teve a oportunidade de realizar um último teste no Flamengo. O início novamente não foi fácil e o ex-jogador relatou uma história nos bastidores da chegada ao Rubro-Negro.

“Mas terminou um amigo do meu tio, que jogava vôlei com ele na (rua) Constante Ramos, ‘ah, vamos lá no Flamengo, vou te levar, o (Modesto) Bria (ex-jogador e treinador paraguaio) é meu amigo…’ Eu fui muito mais pra agradar meu tio (…) No primeiro dia para ir ao teste, o seu Bria olhou pra mim – eu com aquele cabelo black power: ‘isso aí é guitarrista ou é jogador de futebol?” E eu pensei: “meu Deus do céu, onde é que eu fui meter?'”, iniciou.

Apesar do susto, Júnior contou depois que Bria foi fundamental na formação como jogador. Foi através do treinador que o atleta saiu do meio de campo e foi realizar a função de lateral, posição que o consagrou como ídolo da Nação e do futebol brasileiro.

“Aquilo foi uma forma até de descontrair, porque o seu Bria foi muito importante quando cheguei no clube em 1973. Ele e o Jaime Valente me convenceram a mudar de posição, porque eu jogava no meio de campo e tinha feito jogo no juvenil de lateral-direito: ‘ó, você está na idade que vai subir para o profissional, a concorrência no meio-campo é muito grande e a lateral direita tá com uma certa carência’. Terminei aceitando. Eu joguei o segundo turno todo do Campeonato Carioca como lateral-direito e no final do ano subi para o profissional como lateral-direito”, concluiu.