O Flamengo segue na busca de um novo treinador para a temporada de 2022. Desde a saída de Renato Gaúcho, a diretoria Rubro-Negra está de olho no mercado para acertar com o novo comandante. Para isso, Marcos Braz e Bruno Spindel estão em Portugal para uma série de reuniões com nomes já previamente definidos. Um deles, é Paulo Sousa, atual treinador da seleção polonesa.
Em entrevista ao ‘Lance’, o jornalista português André Veloso, do jornal ‘O Jogo’, destacou as diferenças entre Paulo Sousa e Jorge Jesus. Isso porque, o Mister é sonho da Nação Rubro-Negra e prioridade da diretoria do Fla na ida ao Velho Continente.
”O Paulo Sousa tem variado o sistema tático desde o Bordeux, o Videoton, a passagem por Israel. E uma é o 4-4-2 que se transforma até num 4-2-3-1, ou seja, com um segundo avançado ali atrás do outro. Mas muitas vezes também testou, até na Seleção da Polônia, uma equipe com três zagueiros, ou seja, numa saída a três, pode se chamar um 3-5-2. Ele tem uma grande variabilidade no plano tático. Em relação às equipes de Jesus, taticamente, não encontro muitas semelhanças porque, enquanto o Jesus, normalmente, tem ali dois ligamentos muito fortes no meio-campo, o Paulo Sousa prefere preencher mais a zona média e dar mais segurança à linha intermediária. Isso, apenas no plano estratégico, pois claro, depende das características dos jogadores”, disse, antes de emendar sobre a relação de Paulo com os jogadores:
”Por ter sido jogador profissional, compreender muito bem as necessidades em relação ao treino e ao trabalho que é o mais importante, ele é muito meticuloso e procura ajudar individualmente os jogadores. Se são amigos e vão sair para jantar, acho que isso também interessa pouco. Não é por aí. Paulo Sousa podemos dizer que é um “bocado” frio, mas isso, na minha opinião, abona em favor dele”, completou.
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Por fim, o portal ‘Lance’ também entrou em contato com o jornalista Fernando Urbano, do jornal ‘A Bola’. Fernando comentou sobre qual deve ser o aproveitamento de Paulo Sousa com a base e também sobre a relação com os jogadores.
”Sendo uma pessoa mais reservada e muito educada, mantém uma relação relativamente próxima dos jogadores. Ao contrário do Jorge Jesus, que dificilmente aposta em jogadores da base, só quer jogadores feitos, não quer ter o trabalho de os trabalhar, o Paulo Sousa pode apostar em jovens. E o próprio foi resultado de uma grande geração que acabou por ser campeão do mundo dos juniores”, disse Fernando Urbano.