Durante a despedida de Zico, que ocorreu em 6 de fevereiro de 1990, numa despedida que foi marcada por uma série de amistosos contra amigos, artistas e ex-jogadores, um jornalista perguntou ao Galinho: “Está passando um filme na sua cabeça agora?” Zico prontamente respondeu: “Que nada! Tô pensando em como fazer gol nos caras”. Esse era o nível de competitividade de Arthur Antunes Coimbra em um jogo festivo.
No texto em seu blog, André começa contando essa história para mostrar a sede de vitórias do maior ídolo rubro-negro e também para questionar: os jogadores do atual elenco do Flamengo ainda tem essa fome?
Com reclamações de Sampaoli por falta de atenção e contundência, os jogadores extremamente vencedores do time estão dispostos a continuar com o profissionalismo, abrindo mão de muitas coisas, e com o foco lá no alto para continuar vencendo? Os ídolos de 2019 que estão no clube já ganharam quase tudo, faltou o mundial. Mesma coisa sobre os que chegaram em 2020, como Pedro, Leo Pereira e Thiago Maia. Até os mais recentes como Vidal, que chegou com o discurso de vencer a libertadores e ser campeão no Maraca lotado, já cumpriu seu objetivo.
Então a pergunta tem que ser: Esses jogadores ainda tem fome de títulos? Eles ainda querem vencer e se espelham no Galinho de Quintino, que mesmo em um amistoso só pensava em ganhar? Se a resposta para essas perguntas for não, o objetivo dito pelo técnico argentino de ter um time “imbatível”, fica cada vez mais distante.