Jornalista diz que carreira de Rodrigo Caio está em risco

Zagueiro está com uma artrite séptica no joelho direito

Flamengo é o único time da Copa do Brasil que ainda não sofreu gols.
Rodrigo Caio em treino pelo Flamengo. Foto: Marcelo Cortes/Flamengo.

Rodrigo Caio passou por uma artroscopia no joelho direito em dezembro. Durante as férias do jogador um dos pontos da cirurgia inflamou e o zagueiro está internado em um hospital da Barra da Tijuca desde o dia 2 de janeiro.

Foi constatado uma artrite séptica no local do procedimento cirurugico e o atleta ficará mais um tempo internado para fazer o tratamento adequado. Renato Maurícioo Prado, colunista do “Uol Esporte” conversou com três ortorpedistas renomados e os profissionais disseram estar abismados com o ocorrido, já que uma artroscopia é algo simples.

“Chega a ser tragicômico esse papo de que a infecção pode ter acontecido por um ferimento trnasmissão pelo próprio jogador, no joelho operado, durante as férias. O buraco é mais embaixo. Em 90% dos casos, essas ocorrências ocorrem por imperícia durante o procedimento  ou no pós operatório. Jogar a culpa no próprio atleta é covardia”,  disse um dos ortopedistas.

Um dos médicos disse que o plano do departamento médico do Flamengo era dar alta para o zagueiro para “não chamar atenção” e tratá-lo em casa, num home-care, que seria custeado pelo Mais Querido. Após a notícia vazar, o clube optou por manter o atleta no hospital. O profissional da saúde falou de forma bem didática sobre a artrite séptica.

“”A artrite séptica bacteriana é uma emergência clínica. A demora para estabelecer o diagnóstico e o tratamento pode resultar em destruição irreversível da articulação, havendo inclusive aumento de risco na taxa de mortalidade, por septicemia.

O tratamento de pacientes com artrite séptica se baseia-se na antibioticoterapia intravenosa e na drenagem articular. A mobilização passiva dever ser feita de forma gradual, seguida de alongamento ativo das estruturas periarticulares, tentando-se evitar, desse modo, restrição na mobilidade articular.

Escolhe-se o antibiótico com base na coloração feita pelo “grama”, levando-se em conta também a idade do paciente e seus fatores de risco. As modificações da antibioticoterapia inicialmente devem ser conduzidas de acordo com a cultura e o antibiograma do agente isolado no líquido sinovial ou no sangue.

Infecção pós operatória é uma situação a que todo cirurgião está sujeito. Mas fazendo todo preparo pré e per operatório, antibiótico durante a cirurgia e pós-cirurgia, acompanhamento pós cirúrgico de perto, curativos bem feitos, etc., estando-se muito o risco,” concluiu.

Um dos ortopedistas questionou a época dm que a cirurgia foi realizada. Questionando o fato de Rodrigo Caio só ter passado pelo procedimento no final da temporada.

“O problema maior que eu vejo é a indicação da cirurgia. O cara ficou de fora VÁRIOS jogos para reequilíbrio muscular, por que só operou no final do ano? Será que não deveria ter operado antes, quando estava uma condição de saúde geral do atleta estava melhor e o pós operatório não aconteceria nas férias? Será que há alguma contra indicação? ”

Para finalizar, um dos médicos soltou uma informação bombástica e assustadora sobre a gravidade do caso.

“Soube que ele está com MARSA ou MRSA, que chamamos de bicho ruim. Trata-se do Staphylococcus Aureus, resistente à meticilina, geralmente referido pelas siglas SARM ou MRSA (do inglês Staphylococcus aureus resistente à meticilina) ou ORSA (do inglês Oxacillin- Staphylococcus aureus resistente), e também denominado, em inglês, Staphylococcus aureus de resistência múltipla, é uma bactéria que se tornou resistente a vários antibióticos. O caso, definitivamente, é muito sério “.