O confronto das oitavas de final da Libertadores entre Flamengo e Olimpia, que parecia ser um duelo entre um gigante e uma zebra, surpreendeu pela postura defensiva e acovardada do time paraguaio. Mesmo sendo um tricampeão e vindo do pote 1, o Olimpia adotou uma estratégia ultra-defensiva, com uma linha de cinco, às vezes seis, e se limitou a jogar através de bolas paradas e ligações diretas.
Na análise do jornalista André Rocha, o Flamengo, por sua vez, não conseguiu ser criativo e contundente no primeiro tempo, com poucas chances de gol. A situação mudou na segunda etapa, quando o técnico Jorge Sampaoli fez alterações táticas, lembrando o esquema que trouxe sucesso ao time rubro-negro em temporadas passadas. A dupla Gabigol-Bruno Henrique foi reativada na frente, e um losango formado no meio-campo proporcionou maior fluidez no jogo ofensivo.
A estratégia funcionou logo no início do segundo tempo, quando Gabigol fez o cruzamento no segundo pau que culminou no gol de Bruno Henrique, uma combinação letal e conhecida pelos torcedores do Flamengo. No entanto, o Olimpia não alterou sua postura defensiva, mesmo correndo riscos, e o Flamengo também não conseguiu furar a barreira compacta dos paraguaios com facilidade.
Apesar da vitória magra por apenas 1×0, o Flamengo impõe respeito com sua invencibilidade de 24 partidas no Maracanã e um histórico positivo nos jogos de mata-mata desde 2019. Agora, a equipe terá a chance de ser novamente competitiva como visitante no jogo de volta, onde espera-se que encontre mais espaços para acelerar o jogo e ser mais contundente no ataque, já que o Olimpia, por sua vez, terá que adotar uma postura mais ofensiva em casa para tentar reverter o resultado.