O Flamengo acumulou fracassos em 2023 e desperdiçou a chance de fazer uma temporada histórica com muitos títulos. A diretoria do Mengão vem sendo o grande alvo de críticas dos torcedores, já que cometeram muitos erros ao longo do ano.
A sequência de decisões ruins vem mostrando um certo esgotamento dos dirigentes no cargo. Em publicação na sua coluna do ‘O Globo’, o jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, falou sobre a situação da cúpula rubro-negra.
”Enquanto o futebol brasileiro não encontra mecanismos para equilibrar a disputa entre seus clubes, é o amadorismo que ainda mantém sua imprevisibilidade. Caso do Flamengo. Com mais de R$ 1 bilhão em faturamento e enorme vantagem perante a concorrência, a margem de erro de sua diretoria é muito maior. São numerosas contratações de jogadores e técnicos, com salários mais altos e várias competições para disputar. Só mesmo errando em quase tudo para não ganhar nada. Há vários sinais de esgotamento. Não ganhar título em 2023 é um, mas não o pior. Quando um preparador físico soca o rosto de um jogador, precisa ser demitido no dia seguinte. Se um dirigente cai na porrada com torcedor em shopping, precisa ser afastado. E quem troca de técnico a cada seis meses, em média, em contínuo desperdício de tempo e dinheiro, não sabe o que faz. Profissionalizar de verdade o futebol rubro-negro ainda pode ser o maior legado de Rodolfo Landim ao Flamengo”, disse, antes de emendar:
”Já que a reestruturação ideal é complicada e demorada, quase utópica no caso rubro-negro, admito, que haja pelo menos a reformulação do departamento de futebol. Mas não só com o novo técnico. Se o futebol brasileiro resolveu beber na fonte de conhecimento portuguesa para encontrar treinadores, por que não vai atrás de outros diretores de futebol? Alguém que reveja tudo: base, scouting, análise de desempenho e de mercado, preparação física e psicológica. De ponta a ponta”, complementou.