Durante o grande jogo da Supercopa do Brasil no último domingo, o técnico Paulo Sousa fez uma substituição questionável no segundo tempo. Isso porque, logo após Bruno Henrique marcar o gol da virada do Flamengo, o treinador português optou por tirar o camisa 27 e colocar Diego Ribas. No ‘UOL’, o jornalista André Rocha criticou a substituição realizada por Sousa.
”Há substituições que podem até fazer algum sentido no aspecto tático ou mesmo técnico, mas o simbolismo delas é tão forte que manda recados claros para adversários e torcedores. Depois de marcar o gol da virada do Flamengo contra o Atlético Mineiro pela Supercopa do Brasil em Cuiabá aos 18 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique foi definhando fisicamente. Até desabar e só levantar para ser substituído, aos 26. Era sua primeira partida desde o início na temporada e o desgaste era mais que compreensível”, publicou, antes de emendar:
”Sousa tinha Pedro, Marinho e Vitinho no banco de reservas. Havia feito apenas uma substituição: Everton Ribeiro, que luta para se adaptar à função de meia/ala pela esquerda, mas produziu pouco, por Lazaro, que deu a assistência para o gol do BH. Preferiu Diego Ribas. Liderança positiva, o grande capitão, “dono” do vestiário. Jogador que atuou na Europa e tem inteligência tática para cumprir funções diferentes em campo. Na prática, porém, hoje produz muito pouco ofensivamente. E nem reforça tanto assim a marcação no meio-campo. Recebe, gira, dá um toque a mais e só então passa. Atrasa qualquer contragolpe”, complementou.
Apesar da má substituição, Paulo Sousa demonstrou estar construindo um grande time e esquema de jogo. O Mengão foi superior em quase todo o duelo, mas acabou sendo castigado ao pecar nas finalizações. Ainda ao ‘UOL’, o jornalista André Rocha, mesmo com as críticas, defendeu o treinador português.
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”O campeão brasileiro e da Copa do Brasil foi para cima de vez ao notar a mensagem de Sousa, que pretendia segurar o resultado. Só com as entradas de Vitinho e Matheuzinho que a equipe carioca recuperou protagonismo e poderia ter resolvido no tempo normal se Lazaro tivesse sido mais rápido que Arana na definição de um cruzamento de Vitinho, aos 41 minutos. Àquela altura o Fla já estava reconfigurado em um 4-2-3-1, com Diego centralizado e dois escapes pelos lados para se aproximarem de Gabigol. Uma ideia interessante, mas que poderia ter sido colocada em prática invertendo as substituições. O erro de Paulo Sousa foi a escolha do substituto. Pagou na derrota nos pênaltis que vai colocar mais pressão sobre seus ombros, mas o planejamento não deve mudar. O Flamengo não pode seguir com essa máquina de moer treinadores. Fica apenas a lição para o resto da temporada”, finalizou o jornalista.