A CBF divulgou os áudios das análises do VAR nos lances polêmicos que marcaram a vitória do Flamengo contra o Cruzeiro, neste último domingo, no Maracanã, pelo Brasileiro. O confronto teve duas situações onde foi necessário o auxílio do recurso tecnológico para definir a marcação de campo.
A primeira delas foi o gol do meia Matheus Pereira, que deu o empate momentâneo para a equipe mineira. No lance, o Rubro-Negro ficou na bronca de um possível toque de mão do volante Lucas Silva na origem da jogada. Contudo, o VAR, comandado por Daiane Muniz e Adriano Miranda, não chamou o árbitro de campo, Braulio da Silva Machado, para rever o lance.
“Quero ver se tem uma mão deliberada porque a possível mão, na verdade, é a mão direita do jogador do Cruzeiro. Ela realmente existe nesse momento, podemos ver nessa câmera invertida. Porém, o jogador do Cruzeiro está em queda. Ele precisa do braço direito para se equilibrar no chão, ok? É o braço de apoio dele. É uma mão justificável”, analisou o VAR.
Pênalti anulado
Posteriormente, o recurso de vídeo voltou a ser usado para anular um pênalti para o Flamengo. No lance, Ayrton Lucas é derrubado na área após receber uma braçada do zagueiro do Cruzeiro ao disputar a bola aérea. Braulio entende que o contado foi faltoso, porém o VAR chamou o árbtiro para anular a penalidade. Veja a análise abaixo:
Daiane Muniz: “Por todos os ângulos que eu vi, eu confirmo que realmente existe um braço no pescoço do jogador atacante, tá? Ele não tem movimento adicional que não caracteriza o jogo brusco grave, porém ele é temerário com esse braço. Ele usa esse braço de maneira antinatural e acaba golpeando o adversário com intensidade média. Equipe, vocês estão de acordo?”
Adriano Miranda: “Os dois estão indo na bola e o jogador defensor está com o braço sim no pescoço. Os dois estão na velocidade e o jogador de vermelho entra embaixo dele.”
Daiane Muniz: “Você tem razão. O defensor ele está sempre olhando a bola, e esse braço que ele utiliza é de uma ação natural para o impulso do cabeceio dele. Refaço minha análise e estou de acordo. Bráulio, te recomendo uma revisão para um possível não penal, ok?”
“Bráulio, é o seguinte. Existe sim o braço no rosto, tá? Mas o defensor está sempre olhando para a bola. Eu entendo como não faltosa essa ação. Em nenhum momento existe uma ação adicional do defensor”.
Bráulio Machado: “Perfeito, é um movimento que é justificável, uma ação de salto. Do campo, tive a impressão de um golpe intencional que não existe. Vou voltar com bola ao chão e vou tirar o cartão amarelo, pois essa ação também não foi temerária.”