Bruno Henrique viralizou quando disse em 2019 que o Flamengo estava em outro patamar. Na época, o atacante estava certíssimo. A equipe de Jorge Jesus jogava um futebol de encher o torcedor de orgulho, que fazia as pessoas pararem para admirar o time. Porém, as coisas mudaram e a realidade de 2021 é muito diferente.
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O Mais Querido começou a atual temporada comandado por Rogério Ceni, que não era unanimidade entre os torcedores desde o anúncio de sua contratação. Apesar de ter sido Campeão Brasileiro de 2020, o treinador não tinha total apoio da Nação Rubro-Negra. As comparações com o time do Mister era algo inevitável. Para Felipe Schmidt, do GE, o elenco de 2019 quebrou paradigmas.
“Um clube com faturamento, investimento e estrutura de alto nível, que traduziu tudo isso em campo com um elenco de primeira linha e um futebol que parecia alienígena ao que se acostumou ver no Brasil. Mais do que os títulos, o Flamengo de 2019 mostrou que era possível ser vencedor jogando bem, sendo dominante. Quebrou paradigmas e abandonou vícios do futebol brasileiro”.
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Caiu Ceni e entrou Renato Gaúcho. As primeiras partidas levavam a crer que a equipe poderia entregar algo parecido com a época de Jorge Jesus, mas puro engano. Logo as dificuldades começaram a aparecer e o Flamengo voltou a apresentar um futebol pobre, sem criatividade e que se deixa ser facilmente dominado pelos adversários.
Após fazer um bom primeiro tempo contra o Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro, o time viu se adversário voltar com tudo para a etapa final e garantir o empate nos acréscimos. No papel, o Flamengo tem um dos melhores elencos da América do Sul, mas está longe de mostrar esse futebol. Contra o Atlético-Mg foi a mesma coisa. O time abriu o placar e se retraiu, jogando no contra-ataque e passando um sufoco desnecessário. Para o jornalista, não se espera o mesmo desempenho de 2019, mas que o Mais Querido volte a ter sua identidade que foi perdida.
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“Não se espera um espetáculo como o Flamengo de 2019. Mas o que aquela temporada, que será por muito tempo um patamar cruel de comparação, deixou de legado foi justamente isso: a exigência subiu. O Flamengo de antes já mostrou que é possível. Não é fácil aceitar o caminho anterior. O atual precisa saber se quer manter esta identidade ou se vai se render de vez aos clichês do futebol brasileiro”.