A manhã desta sexta-feira foi de muita confusão no Ninho do Urubu. Após Marcos Braz desmarcar o encontro que aconteceria na última quinta-feira com membros das organizadas, David Luiz, Diego Ribas e Gabigol, os torcedores foram ao centro de treinamento protestar. O clube precisou chamar a policia e seguranças particulares para reforçarem a segurança no local, mas não adiantou muito.
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Diversos jogadores e Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Flamengo, foram hostilizados. Os únicos que receberam apoio foram Arrascaeta e João Gomes. Para Danilo Lavieri, colunista do portal “UOL”, o clube é responsável pela violência contra os atletas.
“Os clubes de futebol têm total responsabilidade pelos protestos violentos que torcedores fazem contra seus jogadores. Episódios como os vistos no Corinthians no Flamengo entre ontem e hoje (8) só acontecem porque há uma conivência das diretorias com comportamento como presenciamos nos últimos dias.”
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“Nos episódios de hoje no Flamengo, torcedores cercaram os carros dos atletas, ameaçaram alguns atletas e até mesmo tentaram a agressão pela janela em alguns casos. E vale lembrar que, até o início da semana, Marcos Braz estava marcando reunião com as organizadas para ouvir as reivindicações dos torcedores. Por que eles têm esse direito e um sócio-torcedor que paga todo mês a mensalidade não tem?,” questiona o jornalista.
Danilo Lavieri declarou que protestos são válidos quando feitos de forma pacífica. O jornalista ainda disse que quando um clube passa por tudo isso e não toma nenhuma medida, passa a sensação de estar concordando com o absurdo que aconteceu nos centros de treinamento de Flamengo e Corinthians.
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“Em um passado recente, episódios de violência como esses foram vistos no Palmeiras, no São Paulo, no Grêmio… A lista é infinita. Quando um clube presencia cenas como essa e não faz nada, a impressão que fica é que ele está gostando desse tipo de pressão e concordando com cobranças desse tipo.”
“Protestos são válidos. Torcedores têm que reclamar quando não estão satisfeitos com o que está rolando em campo, mas tudo dentro do limite. Um rompimento institucional entre clube e torcida não garante que a violência vai parar, mas ao menos mostra que as diretorias não são coniventes com atos como esse,” concluiu.