Na última quinta-feira (17), o Flamengo foi condenado a pagar as despesas do ex-presidente Kleber Leite. Em 1996, o Rubro-Negro pegou um empréstimo no valor de R$ 6 milhões para a contratação do atacante Edmundo. Como moeda de troca, o Consórcio Plaza arrendaria o espaço da sede na Gávea por 25 anos para que fosse construído um shopping.
Acabou que a ideia não foi para a frente e foi parar na Justiça do Rio. Na ocasião, a dívida de R$ 6 milhões foi crescendo e se multiplicou por mais de 10 vezes. De acordo com a juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, responsável pelo caso, como o ex-presidente não pagou, a dívida foi para o clube.
“O autor, ao sair da presidência do clube réu, teve suas contas aprovadas, de forma unânime, não tendo sido objeto de impugnação em qualquer órgão administrativo ou judicial”, destacou a magistrada.
Além disso, afirmou que “quando os sócios de uma sociedade aprovam sem ressalvas as contas e demonstrações financeiras apresentadas pelos representantes da administração, o principal objetivo e efeito é a exoneração de responsabilidade dos membros da administração em relação aos atos praticados dentro de suas competências e durante o exercício social abrangido por tal aprovação, sem que tenha havido ação prévia e específica destinada a anular aquele disposição, mediante alegação e demonstração de vício de consentimento”.