Flamengo e Adidas lançam camisa em homenagem aos 30 anos da primeira Copa Feminina de Futebol

Manto que celebra marco histórico terá um distintivo especial com o número 30 e uma mulher em campo com a bola no pé

Flamengo e adidas lançam camisa em homenagem aos 30 anos da primeira Copa Feminina de Futebol

Em 2021, completa-se 30 anos da primeira Copa do Mundo Feminina que foi disputada em 1991. Para celebrar esse marco histórico para as mulheres no esporte, a adidas e o Flamengo apresentam uma camisa especial que reafirma todas as conquistas do futebol feminino. O manto custará R$299,99.

A ideia é homenagear as mulheres que já ajudaram e ainda ajudam a ampliar e pavimentar o caminho no esporte, quebrando estigmas e preconceitos no futebol. O manto terá um distintivo especial que leva o número 30 e uma mulher em campo com a bola no pé, demonstrando todo seu poder. A camisa também conta, é claro, com o escudo de cada time no lado esquerdo do peito.

Detalhe do manto comemorativo
Foto: Adidas

Uma história de resistência

Fazer uma homenagem a data é dar o devido reconhecimento e visibilidade à trajetória do futebol feminino no Brasil e no mundo. Por aqui, a modalidade ganhou o coração e os pés de mulheres que jogavam em áreas periféricas e escondidas dos grandes centros urbanos, mas logo em 1941 foi proibida por decreto federal. A resistência acontecia por meio de treinos e partidas clandestinas até a liberação total da modalidade quase 40 anos depois, em 1979.

Um primeiro torneio experimental reuniu seleções de 12 países em 1988, com o time brasileiro entrando em campo com as roupas que sobravam dos times masculinos. Até que, em 1991, a primeira copa finalmente aconteceu. De lá para cá, o futebol feminino derrubou tabus e preconceitos, formou referências como Marta, Roseli, Elane Peixinho, Marcia, Formiga, Cristiane, entre outras, e ganhou mais estrutura. Até hoje a modalidade esbarra em preconceitos que as mulheres precisam lutar até hoje para conseguir seu espaço.
O machismo do meio futebolístico ainda parece ser o principal obstáculo para a equiparação do futebol feminino. Não importa a qualidade dos times femininos, seus esforços para abrir mais caminhos e espaços diante da grandeza do seu esporte, ainda falta equidade e reconhecimento. É por isso que comemorar essas três décadas é fortalecer cada vez mais essa luta e a visibilidade delas em campo para as próximas décadas que vêm pela frente.