Flamengo e Vasco se enfrentam nesta quarta-feira (16), às 20h, no Maracanã, pelo jogo de ida das semifinais do Campeonato Carioca. Visando conquistar o tetracampeonato Carioca inédito em sua história, o Rubro-Negro terá pela frente um adversário que apesar de ter sido derrotado, causou bastante dificuldades para o Mais Querido.
Em entrevista para o DIÁRIO DO FLA, o analista tático do portal ”UOL”, Rodrigo Coutinho, comentou sobre o Clássico dos Milhões desta quarta-feira. Para o analista, o Cruzmaltino deve repetir o esquema de jogar fechado apostando em contra-ataques. No entanto, cabe ao Fla não repetir o erros que cometeu no confronto anterior entre as equipes, onde o Rubro-Negro dominou parte do confronto porém acabou tendo bastante dificuldades na armação de jogadas por não abusar das movimentações em profundidade. Além disso, o Mais Querido demonstrou um certo ”desinteresse” no jogo e por conta disso, acabou perdendo o domínio dentro de campo.
Siga o Diário do Fla no Twitter
O Vasco jogou fechado contra o Flamengo há duas semanas e pouco chegou à frente. Acha que o Cruzmaltino vai adotar a mesma postura?
”Acho que sim, acho que é a postura que o Zé Ricardo está achando conveniente contra um time que é tecnicamente melhor, que possui mais investimento e que está em um momento melhor também. Então acredito que ele vá apostar em se fechar para jogar em contra-ataque, mas é claro que a ideia de quem busca isso nunca é não atacar, nunca é ficar sem chegar no campo de ataque, é você forçar um erro para aproveitar os espaços. Mas isso aconteceu pouco em boa parte do último clássico por méritos do Flamengo também.”
”Futebol é um jogo onde você tem uma estratégia e o adversário tem a dele, quem executar melhor sua estratégia é melhor em campo, mas não necessariamente quem teve mais posse de bola ou finalizou mais.”
Acompanhe o Diário do Fla no Instagram
O Flamengo teve dificuldades na criação contra o Vasco há duas semanas. O que Paulo Sousa precisa mudar para o jogo de amanhã?
”Acredito que o principal problema na última semana contra o Vasco, foi poucos movimentos de profundidade. O Flamengo tinha a bola, ocupava bem os espaços no ataque, tinha aproximação e se aproximava rápido da área, no entanto quando se aproximava da área, existia uma dificuldade de penetrar. Ter as diagonais, ataques de profundidade para empurrar a defesa para trás e liberar o espaço da entrada da área, triangulações pelos lados, então era um time que estava muito estático.”
”Isso pode acontecer por vários motivos, um deles é o pouco entendimento dos jogadores a respeito da ideia do técnico, que ainda é recente. O Flamengo joga de uma forma um pouco mais posicional e é natural que os jogadores confundam na hora de chegar perto da área, de guardar a posição ou se mexer um pouco mais. Eles podem se mexer dentro de um contexto, dentro de um espaço, talvez eles demorem para entender isso”
”Pode ser questão de relaxamento também, o Flamengo foi um time que dominou o início do jogo, fez um a zero e depois relaxou muito, foi muito preguiçoso, meio desinteressado e por conta disso foi perdendo o controle do jogo. Então assim, pode ser essas duas questões, é difícil a gente cravar exatamente o que é. Mas esse é o principal ponto que o Flamengo não deve repetir para não ter tanta dificuldade em parte do jogo de semana passada.”
Curta o Diário do Fla no Facebook
Acredita que Paulo Sousa ainda vai usar os últimos jogos desse Carioca pra fazer testes ou a partir de agora já terá um time base?
”Eu não concordo muito quando falam de testes. Acho que isso é uma cultura nossa de ter sempre um costume de um time titular. E de tudo aquilo que vi do Paulo Sousa, ele nunca teve um time titular, em nenhum trabalho dele. Ele sempre tem um grupo de 14, 15 jogadores que vão se revezando na equipe titular e ele vai escalando de acordo com a necessidade do jogo, o adversário, com a estratégia que ele vai fazer, com o momento físico, momento mental.”
”Já tem que acostumar, o Flamengo não terá um time titular. O Flamengo terá um grupo de jogadores que irão revezar entre si, claro que tem uns e outros que vão ter mais minutos, por serem mais difíceis de repor, mas acredito que é por ai. Acredito que o Flamengo não terá o mesmo time, vai continuar rodando o time e até em jogos importantes isso vai acontecer.”