Flamengo vê proposta de fundo árabe como desvantajosa e busca alternativas para garantir recursos e investimentos futuros. Segundo o jornalista Rodrigo Matos, em seu blog no UOL, o clube carioca, juntamente com outros clubes da Libra, como Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Bahia e Red Bull, está negociando com o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, uma possível compra de parte dos direitos de TV do Brasileirão.
Inicialmente, o Mubadala ofereceu comprar 20% da Liga por R$ 4,750 bilhões pelo período de 50 anos. Entretanto, o Flamengo considera essa proposta cara e não vantajosa para o clube, visto que suas contas estão saudáveis, com dinheiro em caixa e dívidas baixas. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, acredita que investir esse dinheiro na própria Liga seria mais benéfico para o clube a longo prazo, em vez de simplesmente vender os direitos de TV por um ganho imediato.
Nesse contexto, o clube rubro-negro propôs à Libra trocar uma fatia de seus direitos de TV por um percentual da Liga, tornando-se, assim, sócio da empresa que iria gerar a possível Liga do Brasileirão. Essa possibilidade também foi oferecida ao Palmeiras, que também possui contas em boa situação. Outros clubes do grupo da Libra podem seguir o mesmo caminho, caso não queiram receber aportes financeiros.
O debate entre a Libra e o Flamengo está em estágio inicial, e essa questão faz parte da formulação do contrato definitivo entre o Mubadala, a Libra e os clubes. Existe um pré-acordo com um prazo de 60 dias para a conclusão do negócio, com a possibilidade de os clubes optarem por não venderem seus direitos de TV, apesar de ser uma preferência do grupo da Libra.
A Libra, em conjunto com nove clubes da Série A, está negociando os direitos de TV do Brasileirão de 2025. Embora haja um aval dos clubes, ainda não está definido se todos aceitarão o valor negociado em bloco. O acordo deverá ser levado aos Conselhos Deliberativos das agremiações antes de ser finalizado, e a ideia inicial de uma Liga única já foi descartada, com os direitos sendo negociados em dois blocos: o da Libra e o da Liga Forte Futebol, que conta com outros dez times associados.