Filipe Luís comenta inicio de carreira como treinador: ‘É mais divertida’

Ex-jogador é técnico do sub-17 do Flamengo

Flamengo
Foto: Reprodução

Na carreira de treinador desde que aposentou as chuteiras no inídio de 2024, Filipe Luís segue com o bom trabalho no sub-17 do Flamengo. Em entrevista ao site “Ge”, o ex-jogador do Mais Querido se declarou apaixonado pela nova profissão.

Foram apenas cinco meses de trabalho para despertar determinado sentimento no antigo lateral. Contudo, o antigo lateral já viveu grandes emoções no comando dos Garotos do Ninho. A busca pela melhora constante no desenvolvimento de talentos faz Filipe Luís se declarar um “viciado” no trabalho.

“Cada dia estou mais viciado em trabalhar. Posso dizer que é uma chuva de emoções tudo o que eu vivi desde o ano passado até agora. A profissão de treinador é mais divertida, digamos assim. Você se diverte mais quando vê as coisas que faz com o resultado acontecendo, mas também a derrota é muito mais dolorosa, mais solitária. O desafio é muito grande, a responsabilidade é muito grande. Estou completamente apaixonado por essa profissão. E cada dia estou mais viciado em trabalhar, em melhorar e continuar evoluindo”, contou o ex-jogador.

Além disso, Filipe Luís também falou sobre outros tópicos da carreira como a decisão de se manter no Flamengo e não ir para a Seleção Brasileira, trabalhar com Dorival. Ele também relatou sobre o episódio de racismo sofrido pelos seus jogadores nos Estados Unidos e contou o processo de transição para a nova profissão.

Convite da CBF 

“O presidente Ednaldo me ligou, conversou comigo sobre a possibilidade. Primeiramente, a seleção brasileira ligar e você dizer não é difícil. Mas eu tenho tão claro que quero ser treinador, que seria desviar do meu caminho, fazer uma curva. Primeiro, por ser totalmente inexperiente para o cargo, há muito melhores do que eu para essa função e que vão ajudar mais. E segundo porque eu egoistamente quero começar essa carreira como treinador. Deixei a porta aberta caso ele quisesse algum cargo no campo, mas para esta função eu preferi não aceitar”.

Racismo nos Estados Unidos

“É uma situação complexa e difícil de falar. Foi depois de uma derrota, depois de um jogo onde tudo se deu de uma forma muito negativa. Arbitragem, ambiente, eles queriam mesmo para entrar na mente dos nossos jogadores e foi bem feito. No fim, a saída não era organizada. Os jogadores saíram a pé pelo campo e acabaram discutindo já depois do fim do jogo. Os jogadores acabaram saindo, se encontrando e começaram a se xingar, até que um jogador do outro time, com o pai, fez o gesto imitando um macaco para um jogador nosso. Se armou uma confusão muito grande, a polícia estava lá, e a polícia na Flórida é complicada. Já estavam com a mão na arma, com aquela pistola de dar choque. Foi um momento muito tenso, muito nervoso, mas a MLS tomou todas as providências. Baniram aquele pai e o jogador do torneio, nos trataram superbem, fomos atendidos em todas as nossas questões e reclamações. Eles cumpriram tudo o que prometeram”.

Decisão de virar técnico
“Eu tirei a licença B em 2020 e no ano passado tirei a licença A, e as práticas eram durante o Brasileirão. Então, eu me aposentei e no dia seguinte estava às 10h na sala de aula estudando. Isso foi um impacto, mas eu amo tanto isso, amo tanto futebol, sou tão apaixonado, que vou com prazer. O difícil para mim é estar longe do futebol, é sair de férias”.