Fernando Diniz, treinador do Fluminense, foi oficialmente apresentado hoje, dia 5, como técnico interino da Seleção Brasileira de futebol.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em um comunicado à imprensa, expressou grande admiração pela visão de futebol de Diniz. Segundo o dirigente, o treinador possui uma abordagem inovadora, baseada na posse de bola e no jogo ofensivo, que se encaixa perfeitamente na identidade do futebol brasileiro. Acreditando no potencial de Diniz, o presidente prometeu dar total respaldo ao seu trabalho à frente da seleção.
Com essa oportunidade única, Fernando Diniz enfrenta um grande desafio em sua carreira. Além de lidar com a pressão natural de comandar a seleção brasileira, ele terá a missão de comandar a Seleção e seu clube.
“Primeiramente boa tarde, é uma honra e uma felicidade muito grande em estar aqui”
O novo técnico da seleção brasileira, cujo contrato tem duração inicial de um ano, confirmou que irá comandar a equipe durante a próxima Copa América. O treinador destacou seu compromisso em preparar bem o time para os jogos em que estará à frente.
“Estou ciente de que meu contrato abrange a Copa América. Sei que o planejamento é de responsabilidade da CBF e que Ancelotti virá, mas meu compromisso é preparar bem a seleção para os jogos em que estarei presente”, afirmou o técnico.
O convite para assumir a seleção gerou sentimentos de alegria e ansiedade no treinador. Segundo ele, o presidente da CBF entrou em contato com o presidente de seu clube para manifestar o desejo de tê-lo à frente da seleção. Apesar do curto período de trabalho, o treinador acredita que as relações serão fundamentais para extrair o melhor desempenho dos jogadores.
“Foram dias de alegria e ansiedade. O presidente procurou o presidente do meu clube e informou o desejo. Em relação ao tempo curto, acho que as relações serão fundamentais para que os jogadores tenham sua melhor versão. Então, no tempo que tivermos, espero transmitir minha ideia de jogo”, ressaltou.
Questionado sobre possíveis conflitos de interesse, o técnico enfatizou a importância da ética em suas decisões e afirmou estar tranquilo quanto a isso.
“A ética tem a ver com a pessoa que vai tomar as decisões, e se eu não tivesse isso, eu não lidaria com o futebol da forma que eu lido. A ética que eu tenho me fez suportar a vida de futebol. Estou muito tranquilo em relação a isso”, declarou o técnico.
Quanto ao estilo de jogo a ser adotado, o treinador preferiu focar em suas próprias ideias, evitando fazer comparações com o estilo de Ancelotti.
“Eu posso falar do meu estilo de jogo, mas dos outros já fica um pouco mais complicado. Acho que este é o momento para falarmos do presente”, afirmou o técnico.
Sobre o futuro após o término do contrato, o treinador revelou não fazer projeções e preferir viver um dia de cada vez. Ao ser questionado sobre Neymar e sua participação no projeto, o técnico enalteceu o talento do jogador.
“Não sou de fazer projeção, olho um dia de cada vez. Em relação ao Neymar, a palavra que me vem quando penso nele é ‘aberração’. Só vai aparecer outro jogador como ele daqui a muito tempo, ele é um fora de série”, elogiou o técnico.
Em relação ao sonhado hexacampeonato mundial, o treinador destacou a importância de acreditar no processo e valorizar o trabalho, além dos resultados.
“Uma das coisas que sempre discutimos no Brasil é a tendência de criticar tudo quando a bola não entra. Quando acreditamos no processo, ficamos mais próximos da vitória. Minha vida sempre será pautada pelo conteúdo das coisas, não apenas pelos resultados. Devemos valorizar o trabalho e a coragem de fazer as coisas”, enfatizou o técnico.
Sobre a convocação dos jogadores, o treinador afirmou que sua ideia inicial é convocar os melhores para garantir a vitória no próximo jogo. Ele destacou que, durante esse processo, também poderá preparar jogadores visando ao futuro, mas ressaltou que o objetivo principal será sempre o jogo imediato.
“A princípio, minha ideia é convocar os melhores para vencer o próximo jogo. Obviamente, nesse processo podemos fazer preparações para o futuro, mas o objetivo será sempre o próximo jogo”, explicou o técnico.
Quando questionado sobre como será sua rotina para acompanhar os jogadores, o treinador mencionou que convocará os melhores jogadores no momento e que eles se organizarão para garantir um acompanhamento completo.
“Vou convocar os melhores do momento. Vamos conseguir nos organizar para acompanhar todos os jogadores e ter uma visão abrangente”, assegurou o técnico.
Por fim, o treinador reforçou a crença no trabalho mesmo com o pouco tempo disponível e expressou a determinação em estabelecer relações sólidas com os jogadores e criar uma sintonia com os torcedores.
“Temos pouco tempo, mas muita crença. Faremos tudo o que for necessário para estabelecer essas relações. Criar uma sintonia com o torcedor será fundamental”, concluiu o técnico.