Fala, Arquibancada: ‘Quando o Flamengo engrena, eles nos temem’

'Sentimento que as nossas vitórias sobre os times paulistas causam nos comentaristas esportivos é algo ímpar'

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

O sentimento que as nossas vitórias sobre os times paulistas causam nos comentaristas esportivos é algo ímpar, já não conseguem disfarçar. O medo que reflete em seus olhos, transborda nítido na tela das nossas TVs e smartphones rodada após rodada. Tentam exaltar o futebol do Galo, do Palmeiras que não satisfaz nem seus próprios torcedores. Criam narrativas entre poupar e não poupar jogadores para criticar as escolhas da nossa comissão técnica sejam elas quais forem. Quando o Flamengo engrena, eles nos temem.

Cada torcedor rubro-negro deveria ter o direito de escrever uma carta, um email ou um tweet endereçada (o) a um dos Plihais, Nicolas, Vicaris, Fancicanis, Pascoais, Sormanis, Zupaks, Ribeiros, Tironis, Anteros, Rizeks espalhados pela imprensa esportiva e tê-la lida ou respondida em algum canal de comunicação. Nao conheço um rubro-negro que não tenha questões com algum desses cidadãos.

Nosso time goleia num jogo em que não encanta, mas persevera, tem gol anulado, e não desiste, e quando enfim vira o placar, não pára. O novo Flamengo quando consegue enfiar a faca no adversário, gira e executa qualquer possibilidade de reação. Novo? Parece o que já vimos num passado recente e deu certo demais. Que “déjà vu” incrível, um Flamengo com esse ímpeto, essa fome, essa gana e essa determinação.

Como é bom ver alguns jogadores em que a torcida não depositava mais um vintém de confiança, começando a dar resultado. A recuperação de atletas é uma virtude indiscutível no trabalho do Renato. O próprio Gustavo Henrique, apesar da falha mais uma vez no gol do adversário, vem demonstrando mais confiança e teve um desempenho regular durante o jogo. E o Bruno Henrique voltou a voar, em dez minutos pediu música, e certamente daria trabalho no atletismo em Tóquio.

Além disso outros pontos positivos foram quebrar mais um tabu, estabelecer o melhor início de um treinador no nosso clube no século 21 e perceber nas comemorações dos gols muita vibração de todo o elenco. Gabigol não fez gol, foi substituído e ficou na resenha no banco de reservas, sorrindo e torcendo, está Renatizado. Parece pouco né, mas na verdade já estamos completamente iludidos. Que venha a Copa do Brasil!

  • Por Vinícius Cardim, torcedor apaixonado pelo Flamengo e frequentador da arquibancada desde 1987. A opinião é exclusiva do torcedor. Interessados em produção de textos podem enviar para avaliação pelo e-mail redacao@diariodofla.com.br