O sentimento é ruim, perder para o nosso freguês incomoda. O domingo escurece e a segunda chega amarga, mas não é hora de jogar fora a imposição deste Flamengo em campo, especialmente, nos primeiros 45 minutos, mesmo com metade dos jogadores reservas.
Domínio no campo, na posse de bola, nos desarmes, massacre nas finalizações, mas a imprensa vai dizer que foi um jogo igual. O Flu que joga de igual pra igual com qualquer um no país, joga como pequeno contra o Flamengo. E, mais uma vez, levou a melhor. Infelizmente para nós, o infortúnio do mais forte e a glória do mais fraco é a graça do futebol.
Foi atípico, Diego Alves seguro, Arão muito bem, João Gomes também. O time não sentiu a falta do capitão (Diego Ribas), mas está sentindo a falta do poder de definição de Bruno Henrique que, mesmo lutando, parece displicente, e, pra piorar a avaliação, perdeu mais um gol na cara do goleiro. Michael fez seu melhor jogo, pouca técnica, muita raça, hoje no Maraca lotado, seria aplaudido de pé.
Precisamos falar sobre o Max. Talvez, o Léo Pereira escalado na ponta direita não incomodaria tanto quanto este jogador. É um misto de medo, com ausência de vontade, uma pitada de descaso, culminando em uma falta de vocabulário para o pobre Rubro-Negro que vos escreve, adjetivá-lo com justiça.
Chegou a hora do Vitinho sair do time. Infelizmente, não foi uma escolha do nosso treinador que preferiu sofrer o risco dele ser expulso em jogadas infantis na primeira etapa. De bom, apenas a bronca do Diego Alves, que representou a Nação.
E que o Isla nos desculpe, não concordo com a grande maioria das críticas ao seu futebol, aliás, admiro. Mas, o Matheuzinho está subindo de nível. Hoje ele pressionaria o Rafinha de 2019, perdendo apenas na experiência, para orientar, motivar e correr menos. Será um grande jogador!
A Nação carrega a falsa, porém maravilhosa, impressão deixada em 2019 pelo elenco de Jorge Jesus. Só que precisamos absorver o que vivemos e retornar a realidade, que já é bem melhor que a nossa média nos últimos 30 anos. Senhores, já nos abraçamos numa arquibancada sem cadeiras para exaltar o Bujica, aprendemos a idolatrar o Charles Guerreiro nas segundas em Moça Bonita, já sentimos falta do Paulinho (Coveiro) quando ele não retornou aos treinos. Já sofremos, muito, quando o Marcinho foi vendido em 2008.
Somos os melhores do Brasil e vamos levar esse Tri em sequência. Rogerio erra repetidamente nas substituições, mas a responsabilidade maior precisa cair sobre o time, que vem falhando nos momentos decisivos do jogo. Nem o Palmeiras e nem o Galo jogam comandando as ações como o nosso time. Faltam 10 dias para as oitavas da Libertadores, vamos focar no que está dando certo e corrigir os detalhes.
- Por Vinícius Cardim, torcedor apaixonado pelo Flamengo e frequentador da arquibancada desde 1987. A opinião é exclusiva do torcedor. Interessados em produção de textos podem enviar para avaliação pelo e-mail redacao@diariodofla.com.br