A final da Libertadores contra o Palmeiras se aproxima e com ela a torcida do Flamengo alimenta a esperança do retorno de Arrascaeta à equipe. Ausência há mais de um mês, quando se lesionou, o uruguaio fez falta nas últimas partidas do Rubro-Negro. O DIÁRIO DO FLA conversou com Valdir Barbosa, ex-dirigente do Cruzeiro, responsável por trazer o meia para o Brasil em 2015.
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Antes de acertar com o Flamengo em 2019, Arrascaeta brilhou com a camisa do Cruzeiro. Pela Raposa, o meia foi bicampeão da Copa do Brasil e campeão mineiro em 2018. O jogador, inclusive, marcou um gol na final da Copa do Brasil de 2018, no jogo de ida, contra o Rubro-Negro, no Maracanã. Barbosa explicou como ‘descobriu’ o atleta no Defensor Sporting-URU, em 2014.
“Comecei a observar o Arrascaeta quando o Cruzeiro jogou contra o Defensor, na Libertadores de 2014. Na época, eu estava de olho no Felipe Gedoz, que se destacava pelo time uruguaio. Mas aí o Arrascaeta fez bom jogo e me chamou atenção, depois veio aqui no Mineirão e destruiu a partida. Depois disso, passei a acompanhar os jogos e scouts dele”, disse, antes de emendar:
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“Fique com ele na cabeça por alguns dias, aí de repente eu soube da notícia que o Internacional estava negociando com ele. Me avisaram que estava apalavrado, mas que se chegasse com o dinheiro, o Arrascaeta seria do Cruzeiro. Então eu peguei o primeiro voo pra Montevidéu e dois dias depois fechamos a negociação com o empresário Daniel Fonseca”, completou.
Ainda com 21 anos, Arrascaeta teve um início inconstante no clube mineiro em 2015, mas conquistou espaço entre os titulares na temporada seguinte e melhorou os números. Nos quatro anos de Cruzeiro, o jogador atuou em 188 partidas, balançou as redes 50 vezes e deu 37 assistências. Não a toa, o Flamengo comprou o jogador no que na época foi a maior transação da história do clube (R$ 63,7 milhões).
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“O que mais me chamou atenção no Arrascaeta foi habilidade, velocidade com a bola nos pés e a inteligência dentro de campo. Faz gol e serve muito bem também. Um garoto na época, que já era convocado pra Seleção, jogando a bola que jogava, eu sabia que daria certo. Jogador que chega e decide. Ele tem o estilo do Flamengo”, comentou o ex-dirigente do Cruzeiro, antes de finalizar:
“Como pessoa, o comportamento do Arrascaeta diz tudo por ele. Chegou ao clube com humildade, passou por momentos ruins com Mano Menezes, mas sempre treinou, nunca reclamou ou se rebelou. Atendia sempre a imprensa e aos torcedores mesmo nos momentos em que ele sabia que não estava tão bem. Eu diria que em certas situações ele não foi aproveitado como deveria no Cruzeiro, mas apareceu para o futebol brasileiro e a prova é a fortuna que o Flamengo investiu nele”, encerrou.