O processo de negociação entre o Flamengo e Tite foi um namoro que durou cerca de 15 a 20 dias, marcado por discussões sobre carreira, formação da equipe e questões familiares. O desfecho ocorreu no domingo, com um encontro final entre o vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, e o agente de Tite, Gilmar Veloz. O clube planeja oficializar a contratação do treinador nesta segunda-feira.
A diretoria do Flamengo havia considerado a permanência de Jorge Sampaoli como treinador condicionada à conquista da Copa do Brasil, o que levou o clube a sondar Tite como uma precaução, dependendo do resultado do jogo. Foi a primeira vez que o clube recebeu uma resposta positiva em relação à possibilidade de Tite assumir o cargo.
Após a derrota na final da Copa do Brasil, o Flamengo optou por demitir Sampaoli e focar na contratação de Tite, apesar de um forte interesse do Corinthians. Os dirigentes do Flamengo aproveitaram os contatos iniciais com Tite como uma vantagem na negociação.
O principal desafio na negociação era convencer Tite a trabalhar no Brasil em 2023, como ele havia prometido em entrevistas, e superar a resistência de sua família, que preferia que ele aceitasse propostas dos Estados Unidos ou do Oriente Médio. O Flamengo argumentou que o projeto para 2024 e as oportunidades de conquista seriam atrativos suficientes para Tite.
Após várias conversas com seu agente, Tite concordou em trabalhar no Flamengo, mas a questão financeira ainda precisava ser resolvida. Embora não tenha sido divulgado o valor exato de seu salário, Tite receberá um salário de padrão europeu, tornando-se um dos treinadores mais bem pagos da história do Flamengo.
Em relação à montagem do elenco para 2024, o Flamengo deixou claro que Tite terá autonomia na tomada de decisões, embora haja alguns nomes que o clube deseja manter a todo custo, como Bruno Henrique. A diretoria pretende trabalhar em estreita colaboração com Tite para entender suas intenções para a reestruturação da equipe.
