O Flamengo enfrentou o Avaí neste sábado e acabou derrotado na última rodada do Campeonato Brasileiro. No Maracanã lotado, o Rubro-Negro acabou derrotado por 2 a 1 de virada. Após a partida, Diego Ribas e Diego Alves, que deixarão o clube ao final da temporada, concederam entrevista coletiva. Primeiro, Diego Ribas falou e entre diversos assuntos, agradeceu pela passagem no Fla.
”Não vou conseguir transmitir para vocês em palavras, o que eu vivi aqui hoje foi a realização de um sonho. Eu sonhei com esse dia e ele se concretizou. Eu também tive dificuldades. Fica a certeza que todo esforço valeu a pena, que toda escolha que eu fiz valeu a pena. O que eu ouvi aqui hoje dos jogadores, comissão técnica diretoria… faz valer a pena. Agora não tem faixa de capitão, fica a pessoa e quem sou de verdade. Fico feliz com isso, consegui me manter nos meus valores. Valeu a pena tudo. A palavra é gratidão, cada detalhe foi perfeito”, disse antes de emendar sobre aposentadoria:
”Eu tive algumas propostas aqui do Brasil. Tive propostas de fora. Mas eu vivo de paixão, de entusiasmo. Eu já tinha decidido que seria meu último ano no Flamengo. Durante o ano esperei para ver se aprecia algo que me empolgava, para ver se encerrava ou não. As propostas que eu tive não despertou aquela paixão. Eu não seria correto se não me entregasse totalmente. Era hora de parar porque eu não senti isso. Fisicamente estou bem, sem lesão. Só tenho a agradecer a Deus, mas essa sensação de paixão não veio”, complementou.
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Confira outros trechos da coletiva:
Por que encerrar no Flamengo e se existe possibilidade de estar com o grupo no Mundial
”O Flamengo me completou em todos os aspectos. Eu vivo de entusiasmo, paixão e aqui vivi tudo que sonhei. Portanto a decisão de ser aqui no Flamengo meu encerramento é porque me identifiquei. Meus filhos hoje são flamenguistas, vamos viver no Rio de Janeiro. Sobre estar no Mundial, eu vou estar sim. Falei com o Presidente e estarei lá com meus companheiros. Dando tudo certo, estarei lá. Entregar o troféu para os jogadores”
Sobre conseguir se desligar do futebol, do Flamengo e de suas características
”Faz parte da minha vida, eu não consigo ser diferente. Foi até uma das razões de eu seguir em um novo ciclo, porque acredito que vou conseguir seguir isso. O futebol faz parte da minha vida. E agora a questão que eu tenho de palestrar pelo Brasil e pelo mundo, a escola que eu fundei, vai tudo na linha e da sentido para tudo que vivi. Quero agregar na vida dessas pessoas de alguma forma. Essa parte da comunicação também. E sobre o Flamengo, sempre estarei ligado e à disposição. A forma que eu puder contribuir será um prazer”
Sobre carreira e passagem por Santos, Seleção Europa e Flamengo
”Sempre que eu posso falar do Santos, eu falo. Faz parte da minha história. Morei longe dos meus familiares, em alojamento. Conheci minha esposa na cidade. Tenho muito orgulho de dizer que o Santos fez parte da minha história. Europa eu saí com objetivo de vencer, foram 12 anos, me desenvolvi lá, onde meus filhos nasceram. Na Seleção conquistei títulos e realizei meu sonho de garoto, fui muito feliz lá. E aí chega o Flamengo para coroar minha carreira cheio de desafios. Só tenho a agradecer a todos que passaram pela minha carreira”
Se poderia ter feito algo diferente
”Não fui só segundo colocado ou vice aqui no Flamengo. Fui vice e segundo em muitas vezes na minha carreira. Eu fui muitas vezes vice. O que me faz ter orgulho é que nenhum vice fez com que eu desistisse. Recebi proposta para sair, recebi críticas e eu não perdi a vontade e esperança de vencer aqui. São 12 títulos hoje que superou todas as minhas expectativas. Eu não faria nada diferente. Foi repleta de desafios minha passagem aqui e deu certo. Alcancei a maioria dos meus sonhos na minha carreira.
Entregar a camisa para Gabigol
”A vida é isso, passar para os próximos. Fui um privilegiado de viver tudo que vivi aqui com a camisa 10 do Flamengo. Sei que não seria eterno. A camisa 10 inspira muito. O Zico é modesto, mas ela inspira, a camisa 10. Legal que ela inspira o Gabi e ele vai representar de forma maravilhosa. Esse gesto, não só pela camisa, é por tudo. São ciclos. Foi para simbolizar, que agora é a vez dele de usar a camisa 10. Não precisa provar mais nada, mas ele gosta de desafios e esse é um desafio. Foi um gesto para ele ser feliz, receber minha energia para que ele sinta o mesmo prazer que eu senti”, finalizou Diego.
