Em entrevista, Landim fala sobre limitação dos sócios Off-Rio

Decisão foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube na última segunda-feira

Em entrevista, Landim fala sobre limitação dos sócios Off-Rio
Foto: Marcelo Cortes/CRF

Na última segunda-feira (09/05), o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou em votação a limitação de sócios off-Rio. A decisão foi tomada na sede do Clube na Gávea e, nela, os conselheiros aprovaram a inclusão da categoria Off-Rio no quadro associativo do Flamengo. Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, o presidente Rodolfo Landim falou detalhadamente sobre o assunto.

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”Essa sua primeira pergunta deveria ser respondida pelos conselheiros do Clube, em sua grande maioria sócios proprietários que são os verdadeiros donos do Flamengo e que fizeram um bom investimento para comprar um título do Clube. Essa foi uma decisão dos sócios e não da diretoria, cujos membros na qualidade de sócios votaram de acordo com o seu entendimento e sem orientação ou fechamento de questão. A prova é que tivemos VPs votando a favor e contra. Mas vou te repassar a minha opinião sobre a razão. Entendo que ao limitarem o número de sócios contribuintes off-Rio, o recado que estão dando é que se alguém quiser ter o poder de influir no destino do Flamengo, deve se tornar sócio contribuinte normal ou compre um título de sócio proprietário e ajude o Flamengo a investir em sua sede”, disse, antes de emendar:

”Não existe limitação geográfica de local de moradia para comprar títulos do Flamengo. Você pode ser sócio proprietário ou contribuinte morando em qualquer lugar do mundo”, complementou.

Confira outros trechos da entrevista:

Proibição da associação da maioria dos Rubro-Negros que vivem fora do Estado

”Agora respondendo a sua segunda pergunta, ela parte de uma premissa falsa. O Flamengo de forma alguma “proíbe a associação da maioria dos rubro-negros que não vivem no Estado”. Na verdade, o Flamengo incentiva que isso ocorra. Entendi que a mensagem dos conselheiros é que isso deva ser feito em condições mais igualitárias aos demais sócios, independente de onde morem. E ao contrário do que a sua pergunta possa sugerir, demonstrar que o caminho para esse torcedor que quer apenas apoiar o Clube e eventualmente ter acesso a ingressos com prioridade e desconto por morar longe, é exatamente o sócio torcedor”

Sobre a limitação e automaticamente proibir os demais de se associarem

”Limita apenas numa classe de sócio onde estatutariamente os sócios do Rio de Janeiro não podem participar. Existem sócios contribuintes que se dizem discriminados porque moram em Copacabana e, desta forma, não se qualificam como sócios off-Rio por não morarem a mais de 100 quilômetros do Rio de Janeiro. Boa parte deles preferiria ser sócio nas condições oferecidas ao off-Rio, pagando menos, mesmo tendo a restrição de só poderem frequentar o Clube 30 dias por ano, e são impedidos pelo local da residência”

Visão elitista ao dizer que os Conselheiros mandam no Flamengo

”Essa visão não é elitista, ela é uma visão realista da forma com que a instituição foi criada. Os torcedores, pelo menos para mim, são a principal razão de ser do Clube, mas na prática não são eles que tem o poder de definir o destino do Flamengo. Isto é assim em todos os Clubes. Se assim não fosse, o Botafogo não seria hoje um Clube controlado por apenas uma pessoa. Lá, os sócios venderam 90% para um fundo de um único dono e a torcida não teve poder algum de impedir”

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Sobre a queda do número dos sócios

”Quanto à queda do número de sócios torcedores, ela se deu durante um período em que a principal contrapartida do programa foi suspensa, a oferta de ingressos com prioridade de compra e a preços com descontos. Com o fim da pandemia e, esperamos, o bom rendimento da equipe, a tendência é que voltemos ao mesmo nível de engajamento do passado”, finalizou Landim