Em bom momento, Fabrício Bruno fala sobre dificuldades vividas durante rara lesão: ‘Chegava em casa muito chateado’

Zagueiro concedeu entrevista exclusiva ao ‘GE’

Foto: Marcelo Cortes/CRF

Depois de momento incerto com lesão, o zagueiro Fabrício Bruno retornou aos gramados e vive momento especial no Flamengo. Em entrevista exclusiva ao ‘GE’, ele falou sobre as desconfianças da torcida com sua chegada e dos momentos difíceis durante a contusão rara no pé.

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“Talvez as pessoas julguem o livro pela capa. Cheguei ao Bragantino sob desconfiança do rebaixamento e como refugo do Cruzeiro. Não gosto de estar toda hora na mídia, gosto de aparecer do jeito que estou, pelo meu futebol”, disse Fabrício, antes de emendar:

“Por que o Fabrício Bruno? Não cheguei aqui à toa. Tenho números, grandes jogos e grandes competições disputadas. A desconfiança é um processo natural que vai saindo conforme você vai dando resultado. Julgar sem conhecer talvez seja um ato de muita covardia. Meu pai disse: “Filho, vai e faz o que você sabe que as pessoas vão te conhecer de verdade. Porque às vezes a pessoa chega num gigante como o Flamengo e quer fazer diferente. Não, eu cheguei aqui fazendo o simples. Tem um cara com quem trabalhei no Bragantino que fala: “Olhos na lua, mas com os pés no chão”. É uma frase que carrego comigo”, complementou.

Confira outros trechos da entrevista de Fabrício Bruno:

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Críticas por muito tempo no DM

“Cara, eu não estou machucado porque eu quero. E as palavras ferem muito as pessoas. Eu chegava em casa muito chateado (olhos enchem de água) e precisava dar uma resposta”

Defender o Flamengo

“Quando cheguei ao Flamengo, lembro direitinho do meu pai chegando em casa. Estávamos conversando, e ele falou: “E aí, filho?”. Disse: “Pai, chegamos no maior clube do Brasil, cara”. Meu pai é um cara muito emotivo. Viver o Flamengo diariamente é especial. Praticamente todos os jogadores que não estão aqui querem estar aqui. E é um momento especial que você tem que aproveitar a cada dia. São poucos que têm o privilégio de vestir esse manto”

Processo durante rara contusão

“Processo difícil, muito doloroso para mim. Quando eu vivia talvez um momento mágico no clube acontece (a lesão). Tento jogar o segundo jogo da final e não consigo. E aí faço várias tentativas e não consigo. Volto ao DM, fico cinco dias, mas não volto a jogar”

Aprendizado com a lesão

“No final de tudo, quando a lesão foi cicatrizada, consegui voltar a treinar e ter a velocidade que eu tinha. Tannure, me chamou e conversou comigo: “Sei que você tem uma maturidade incrível para os seus 26 anos, mas isso é para você entender os limites do seu corpo”

Dorival Jr

“Ele chegou e implementou o básico. E fazer o simples no futebol é muito difícil. Abraçou a todos da mesma forma, e eu lembro que a primeira coisa que ele me perguntou era se eu estava preparado para jogar, mas eu só tinha dois dias de preparação física. Eu não me sentia preparado. Se não estou pronto para executar, prefiro ser sincero do que ir e fazer pela metade. Não sou cara de fazer as coisas pela metade. E precisei de treinos até pegar a filosofia de trabalho dele porque eu vinha de uma filosofia, do treinador anterior, que era diferente”

Defesa em alta

“Todas as linhas que treinam trabalham de forma semelhante. Seja a com David Luiz, Léo Pereira, Filipe Luís e Rodinei, ou a comigo, Pablo, Matheuzinho e Ayrton Lucas. Hoje a gente fez um 10-0, e do outro lado também se trabalhou a mesma situação”

Desejo de brilhar no Mengão

“Talvez se não tivesse dado os passos que dei na minha carreira, eu não estaria aqui hoje. Então me sinto um privilegiado de estar aqui e viver esse momento especial no clube. Tenho um carinho enorme pelo Flamengo, espero conquistar títulos e que a minha história aqui seja cada dia mais feliz e bonita”, finalizou Fabrício.