‘Efetividade fez a diferença’, diz Tite após vitória contra o Bragantino

Treinador concedeu entrevista coletiva depois do triunfo contra a equipe paulista

Tite fala sobre dependência de Arrascaeta no Flamengo: 'Não pode não é'
Foto: Reprodução

O Flamengo venceu o RB Bragantino nesta quinta-feira e voltou a acreditar no título do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido contou com gol de Arrascaeta já no fim do jogo para chegar ao triunfo e alcançar os 60 pontos na tabela, dois atrás do líder Palmeiras. Depois da partida, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e, entre diversos assuntos, elogiou a atuação do Mengão.

”Foi um jogo que nenhuma equipe conseguiu controlar a outra. Poderia ter o domínio, que para mim é ter a posse de bola, mas ninguém neutralizava o adversário. Nós tivemos oportunidades e o adversário não nos controlava. No segundo tempo, eles criaram perigo. Efetividade fez a diferença num grande jogo”, disse Tite, antes de emendar sobre as substituições:

”Traduzimos nossas chances no gol. A sugestão partiu do Matheus, do César Sampaio e do Juan. As substituições nós treinamos durante a semana. Tivemos diferentes formações no ataque, inclusive com Bruno na direita, centralizado, o Wesley na direita dando amplitude… Foi um jogo muito duro contra a equipe que menos perdeu no campeonato, a equipe mais sólida do campeonato”, complementou.

Confira outros trechos da coletiva de Tite:

Correr para comemorar com os jogadores

”Eu corria melhor, mas agora o joelho não dá. Fui para o lado para manter o respeito e não passar na frente do adversário”

Chances de título

”É um campeonato aberto. Ele está aberto. O que vai acontecer, eu não sei. São seis equipes que podem ser campeãs, ir para a Libertadores ou ficar fora dela. É um campeonato de quatro jogos”

‘Mini-jogos’ dentro da partida

”Às vezes, a gente consegue o equilíbrio da equipe com dois jogadores de lado agressivos e com velocidade. Tem outros que a gente precisa de um articulador do lado. O jogo se apresenta nesses mini-jogos. Como o Cebolinha tava muito bem, temos que ter por vezes um jogador bem no jogo, mas ter o Pulgar juntamente com o (Thiago) Maia para ter um articulador, de criatividade. Esses componentes que nos deu durante a semana e o atleta entender. Ter o Bruno Henrique que, mesmo do lado direito, consegue ser agressivo. A linha do adversário é alta, mas dá muito espaço atrás. Esses jogadores nos proporcionam essa condição”

Jogo pegado

”O jogo foi de muito embate. Quando o Matheus tomou um cartão, você fica naturalmente e humanamente mais contido. O Maia também. Não gosto de substituir por causa de cartão, mas tem alguns momentos que eles são necessários. Um para ter articulação maior e outra para o Pulgar de dar isso. Você tem um jogador que te traz velocidade, dá apoio, as vezes você joga com um lateral mais agressivo”

Motivação e força do Bragantino

”Não acredito em parte motivacional, acredito em confiança. O clube e os atletas onde estou, com a torcida, com o espetáculo que foi hoje, se não estiver motivado é porque tem algum problema mental. Eu passo confiança. São jogos muito grandes. Você vem de clássicos importantes contra Palmeiras, Fluminense, e o torcedor pensa inconscientemente que se jogar contra o Bragantino, se ganha de qualquer forma. Não descontextualizem: ele não tem a história do Flamengo, não tem o dinheiro que tem o Flamengo, mas tem trabalho. A intensidade do jogo permanece o tempo todo. O torcedor pensa que “ah, vamos passar!”. O Bragantino criou muito mais oportunidades que o Fluminense contra nós. Talvez o ideal seja uma vitória contra o Fluminense e um empate hoje”

Pressão sofrida

”O Bragantino foi superior nos primeiros 20 mintuos. Saíam pela direita, e tínhamos que abaixar um externo. Esses foram os primeiros 20 minutos. É uma equipe muito bem treinada e está há muito tempo junta. Numa das entrevistas que o Pedro Caixinha falou, eles queriam que jogassem de forma natural. No início do jogo, estávamos excessivamente apressados”