O departamento de transição do Flamengo completou dois ano em julho. O objetivo dele é filtrar jogadores da base que podem ser usados no profissional e lucrar com aqueles que não serão utilizados. Em entrevista para o “GE”, o presidente Rodolfo Landim falou sobre o departamento e em como tem ajudado o clube com essas questões financeiras.
Siga o Diário do Fla no Twitter
“Quando pensamos no departamento, a ideia era valorizar o investimento que fazemos em nossos jogadores da base. A concorrência no elenco é grande, mas não podemos deixar de pensar nos meninos que estão surgindo, pois são nosso patrimônio. O trabalho tem sido muito bem feito desde o início, gerado bons frutos para o clube e os atletas envolvidos que, quando voltam, chegam também mais preparados, amadurecidos, para o desafio de vestir a camisa do Flamengo. No final, todos saem ganhando” disse Landim ao GE.
Contra o ABC, o lateral Ramon foi o único atleta da base titular da equipe, o jovem tem um grande talento e capitão do time sub-20. Muitos torcedores gostariam de vê-lo integrado ao elenco profissional e sempre o elogiam bastante. Inclusive, o Porto demonstrou interesse na contratação da joia Rubro-Negra. O Flamengo pretende lucrar na faixa de 6,5 milhões de euros ( 40 milhões na cotação atual) por 90% dos direitos do lateral.
Siga o Diário do Fla no Instagram
O responsável pelo departamento de transição é Carlos Noval, a função dele junto com o departamento é achar formas de ter receitas com esses atletas que não serão usados no profissional. O objetivo é fazer dinheiro entrar no caixa e aliviar a folha salarial. O Flamengo tem uma estimativa de que desde a criação do departamento, já garantiu cerca de R$65 milhões e uma economia de R$ 3 milhões. As informações abaixo são do “GE”.
Vinicius Souza, vendido ao Lommel SK, da Bélgica, por R$ 16 milhões;
Caio Roque, vendido ao Lommel SK, da Bélgica, por R$ 10 milhões;
Yuri César, vendido ao Al Shabab, dos Emirados Árabes, por R$ 31 milhões;
Matheus Sávio, vendido ao Kashiwa Reysol, do Japão, por R$ 5 milhões;
Bill, emprestado ao Dnipro, da Ucrânia;
Richard Rios, emprestado ao Mazatlán, do México.
O Flamengo tem atletas que foram emprestados com opção de compra ou um percentual de vendas e são monitorados. Esses jovens são monitorados pelo departamento que tem acesso ao desempenho de cada um e a minutagem em campo. São eles: o goleiro Thiago emprestado ao Estoril e o Mengão manteve 20% do percentual do atleta. Pablo, lateral esquerdo com 30% e está no FC Telavi (Geórgia). Pepê, volante que está no Cuiabá e manteve 20%. Luís Henrique, meia do Fortaleza e manteve 40%. Por último, Lucas Silva, atacante que está no Paços Ferreira (Portugal) e manteve 30%.
Curta o Diário do Fla no Facebook
O trabalho desse departamento tem sido muito bem feito e desenvolvido. Carlos Noval visitou cerca de 10 clubes europeus para estreitar laços e abrir portas para futuras negociações. A pandemia freou esse processo, mas o diretor já conversou com alguns representantes da liga de futebol dos Estados Unidos.
A troca entre os funcionários da base e do departamento são importantíssimas para que o clube tem informações detalhadas de suas joias e o que esperar do futuro. O foco são atletas do sub-20, até mesmo pela idade, pois quando atingem a idade limite, podem acabar saindo de graça do clube. Alguns atletas do sub-17 também são acompanhados mais de perto. Essa troca de informação é feita pelo Fabinho, gerente de inteligência e mercado, e Juan, gerente técnico. Inclusive, quando a comissão técnica do profissional solicita algum atleta da base, Juan e Noval são os responsáveis por indicar o jogador que mais se encaixa nas características pedidas pelo profissional.
O Mais Querido tem uma base fortíssima e, por isso, acaba que muitos bons jogadores são não aproveitados da forma que deveriam. Para acabar com isso, o clube criou o “plano de desenvolvimento individual”. Funciona da seguinte forma: foram selecionados 30 atletas , a partis do sub-15, para serem acompanhados de perto por serem considerados com potencial acima da média. O Flamengo disponibiliza atividades complementares, desde apoio psicológico até acompanhamentos fisiológico e nutricional, além de treinos físicos e técnicos para essas joias.