De ‘esquecido’ no Milan a craque no Lyon, Paquetá se torna peça-chave na Seleção

Aos 23 anos, o meia revelado pelo Flamengo marcou os gols que classificaram o Brasil para a semifinal e final da Copa América

Paquetá enaltece Barbieri nas redes sociais: ‘O melhor’
(Foto: Reprodução/Lucas Figueiredo/CBF)

Principal estrela da Seleção Brasileira, Neymar tem feito boa Copa América até aqui. Contudo, não é só o atacante do Paris Saint-Germain que se destacou no torneio. Cria do Flamengo, o meia Lucas Paquetá é outro que faz ótima competição. Após período ruim no Milan, o jogador retomou o bom futebol, brilhou pelo Lyon e virou figura carimbada de Tite nas convocações. Ao Diário do Fla, o jornalista Rodrigo Coutinho analisou a carreira do meia.

Paquetá despontou para o futebol na temporada de 2017, quando passou a aparecer como titular do Flamengo e fez seis gols em 37 partidas. No ano seguinte, se firmou aumentou ainda mais os números, atuando em 52 jogos, com 12 tentos anotados. Comprado pelo Milan em 2019, o atleta não conseguiu manter o mesmo nível e em pouco mais de um ano e meio, jogou apenas 44 partidas, sendo parte delas vindo do banco.

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Com a camisa do clube italiano, marcou apenas um gol e também se envolveu em uma polêmica com o então técnico Marco Giampaolo, que na época afirmou que o atleta ‘precisava ser menos brasileiro’ em campo. Durante a passagem do meia pelos rossoneros, Paquetá também teve que lidar com a polêmica envolvendo o irmão, Matheus Paquetá, que foi flagrado em uma festa segurando um fuzil, em janeiro de 2020.

“A gente tem que pegar um recorte da passagem dele no Milan. Começou bem, alguns jogos como titular, aí teve um problema familiar envolvendo o irmão, o que pode ter interferido no desempenho dele em campo. O clube também é muito instável, muda muito de treinador, tem vários problemas internos. E também foi o primeiro clube dele na Europa, em uma liga muito forte”, comentou o colunista esportivo do ‘UOL’.

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Depois da apagada passagem pelo Milan, Lucas Paquetá acertou com o Lyon, onde viu a carreira engatar no Velho Continente. Logo na primeira temporada com o time francês, o meia de 23 anos caiu nas graças do torcedor francês, assumiu a titularidade e, em 34 jogos, marcou 10 gols. A boa temporada rendeu ao jogador uma posição na seleção do campeonato. Com a saída de Memphis Depay, o brasileiro vai passar a usar a camisa 10 do time.

“O Lyon já é um clube diferente. Além de estar em uma liga com nível mais baixo, é mais estável e manteve o treinador de uma temporada para outra. Tem um histórico maior de jovens brasileiros que chegam lá e dão certo, enquanto o Milan preza por jogadores mais experientes. E acredito que ele também tenha superado problemas pessoais que teve antes. O somatório disso tudo fez com que ele recuperasse o bom futebol no clube francês”, analisou Rodrigo.

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O bom momento do jogador na França rendeu mais uma convocação de Paquetá. No último jogo do Brasil antes do início da Copa América, o jogador marcou um gol na vitória contra o Paraguai, nas Eliminatórias, por 2 a 0. No torneio que ocorre por aqui, o ex-Fla foi o responsável por marcar os gols que classificaram a Seleção para às semis e final, contra Chile, e Peru, respectivamente. Também chama atenção a bola relação do atleta com Neymar dentro e fora de campo

“Acho que a sequência é a chave para essa boa fase dele. Ele vem sendo convocado há alguns meses pelo Tite, tendo oportunidades no time titular e na função que ele gosta de jogar. O jogador acaba se desenvolvendo, jogando mais vezes dentro daquela proposta, se soltando com os companheiros, vai se sentindo mais à vontade, o nervosismo passa e o atleta fica mais confiante”, encerrou o jornalista.