Crise no Flamengo fragiliza Landim e oposição vai se fortalecendo

Decisões do departamento de futebol estão sendo muito questionadas

Crise no Flamengo fragiliza Landim e oposição vai se fortalecendo
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Rodolfo Landim foi reeleito no Flamengo com larga vantagem de votos em relação aos concorrentes Marco Aurélio Assef, Walter Monteiro e Ricardo Hinrichsen. O grupo do presidente era hegemônico no clube, mas a oposição começou a se incomodar com a situação e integrantes das chapas derrotadas passaram a dialogar para criar um debate mais amplo para terem voz nas decisões do Mais Querido.

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O grupo de Landim venceu as eleições de todos os conselhos do clube e comandava sem ser “incomodado”. Porém, de acordo com o portal “UOL”, o jogo virou e a tranquilidade deixou de existir. A oposição começou a botar pressão no mandatário e no departamento de futebol por conta dos péssimos resultados em campo e a possível ida do presidente para a Petrobras. Retrospecto inicial de Jorge Jesus e Paulo Sousa no Fla é semelhante.

A indicação de Landim ao Conselho de Administração da Petrobras não agradou muito dentro do clube. Algumas pessoas não viam problema no acúmulo de funções (presidir o Flamengo e o trabalho na estatal). Diante disso, Landim optou por não acumular os dois cargos e declarou que iria se dedicar exclusivamente ao Mais Querido. Além disso, um relatório da empresa sobre o histórico do Mandatário do Mengão assustou o Ministro das Minas e Energia. Matheuzinho tem lesão constatada e desfalca Flamengo contra São Paulo.

Os documentos apresentados pela Petrobrás dariam conta de que Rodolfo Landim teria processos pendentes com a Justiça. Nesse sentido, o Presidente do Flamengo teria dificuldade em passar os critérios do comitê para assumir o cargo. As acusações a Landim, inclusive, colocaram em xeque sua relação com o sócio de distribuidoras de gás da empresa, sendo assim mais um motivo para impossibilitar essa possibilidade.

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Outro ponto são os questionamentos por aliados e oposicionistas em relação ao trabalho do departamento de futebol, que acreditam que a reformulação no elenco demorou muito para acontecer e não concordam muito com a renovação de contrato de Diego Alves e Diego Ribas, feitas no final do ano passado. Marcos Braz tem sido muito pressionado.

Porém, o resultado na votação de uma possível suspenção de Eduardo Bandeira de Mello por até 90 dias é considerada a maior derrota política de Landim e seus aliados. O Conselho de Administração do Rubro-Negro (COAD) havia punido Bandeira de Mello, afirmando que o ex-presidente do Mais Querido teria violado o estatuto do clube ao dizer que o incêndio no CT do Ninho do Urubu, que culminou na morte dos 10 atletas da categorias de base, não teria acontecido durante a sua gestão.

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No entanto, Bandeira conseguiu um recurso e suspendeu a punição do COAD, passando o debate e votação para o CODE. Após apuração dos votos, com o resultado de 281 (a favor da punição) a 135 (contra a punição). Eduardo Bandeira de Mello foi absolvido e não foi punido pelo Flamengo com suspensão de 90 dias.