A Libertadores e a Sul-Americana serem decididas em final única não são vistas com bons olhos pelo público, clubes e mesmo com o apelo para voltar ao modelo antigo, com duas partidas, uma na casa de cada finalista, a Conmebol não tem intenção de atender esses apelos. De acordo com o portal “UOL Esporte”, a entidade se mantém firme na decisão de manter o formato atual.
Fazer a decisão dos torneios em cidade única, permite a Conmebol ter um controle total venda de ingressos, ativação de marcas dos patrocinadores da entidade e lucros provenientes da operação. Se as finais fossem em jogos de ida e volta, a organização seria dos clubes. Para provar de que está certa em sua decisão, a entidade usa como exemplo a final da final da Sul-Americana de 2012. Na ocasião, São Paulo e Tigres-ARG se enfrentaram. O time paulista ficou com a taça, mas os argentinos se envolveram em uma confusão generalizada com os seguranças do Tricolor e não voltou para o segundo tempo.
Para amenizar, na Sul-Americana, a Conmebol deixou São Paulo e Independiente Del Valle ficarem com 50% dos ingressos vendidos por cada um dos clubes. Além disso, terão direito a 25% da renda líquida da bilheteria. Este modelo está sendo estudado pelo Conselho da Conmebol para a Libertadores deste ano.
Os contratos de direitos de transmissão e de patrocínio recém fechados também pesam na decisão da entidade. As empresas fecham parceiras para realizarem ações nos três dias que antecedem aos confrontos, quando os finalistas já têm que estar na cidade sede. Pensando pelo lado dos contratos, os de patrocínios de validade de dois anos (2023 e 2024), os de direitos de imagem são quatro anos (até 2026). Sendo assim para voltar ao antigo modelo com dois jogos, a Conmebol precisaria mudar o teor desses acordos.