Gabriel Barbosa era esperado pelo departamento de futebol do Flamengo em Curitiba. O jogador estava relacionado para a partida desta quinta-feira na Copa do Brasil, mas acabou não viajando e a diretoria do clube divulgou uma nota informando que o jogador foi multado pela ausência sem justificativa. Fábio Luciano, ex-zagueiro e comentarista da ESPN, disse que o caso poderia ter sido tratado de outra forma.
“Eu acho que faltou sensibilidade de todos os lados. O Flamengo poderia liberá-lo, poderiam acreditar no exame feito pelo departamento médico da CBF e ter deixado ele ficar em São Paulo, mas o clube não fez isso, pelo contrário, pediram o retorno dele para que os médicos do Flamengo o avaliassem. Eu entendo que existe essa divergência interna entre CBF e Flamengo por questão de convocação, calendários, mas isso é um problema do clube com o atleta. Acho que por isso soltaram a nota direcionada ao atleta, não a confederação brasileira”, comentou.
Fábio Luciano afirmou que o Flamengo não deve dar uma punição ao artilheiro.
“O Flamengo deve dar não digo uma punição, porque a gente não sabe a atitude que vai ser tomada, mas eu acho que é um problema que podemos excluir a CBF. A única coisa que eu posso dizer, é que ele poderia estar pelo menos ali pra ficar mais perto do grupo que está em Curitiba, mas o Gabigol é um menino que gosta de jogar, ele não gosta de ficar de fora, então acho que isso pode ser uma defesa dele, mas acho que ele poderia evitar esse desgaste”, afirmou.
Quem também comentou sobre o caso foi o jornalista Leonardo Bertozzi, que deixou claro que o desentendimento acabou expondo o jogador: “Cria um desgaste. No fim das contas estamos falando de um ídolo e de uma relação que é importante. Quando você tem um problema com a CBF e você quer deixar isso claro, você pode fazer de diferentes maneiras, até mesmo se posicionando com comunicado ou com um tweet que seja, mas acabou expondo o jogador”, disse Bertozzi, que emendou:
“Não que ele esteja certo, mas se o clube falou que ele tinha que vir, a obrigação dele é cumprir o contrato com o clube, e o que o clube mandar, ele tem que fazer. Se fosse pra jogar, ele teria ido sem reclamar e sem dúvida nenhuma. A questão é de coerência, independente do tamanho que você tem no clube senão você perde o vestiário”, concluiu.