Um precedente aberto pela Comissão Eleitoral do Conselho de Administração do Flamengo está dando o que falar no clube. Na última sexta-feira, dia 26/10, tornou-se público a inclusão de 14 sócios inadimplentes na relação de eleitores para as eleições do Flamengo. Dentre eles, Rodrigo Tostes, que estava inadimplente com o clube no dia 31 de agosto, data limite para definir a lista dos sócios que podem votar.
Sabe-se que havia cerca de 2 mil sócios inadimplentes e outras dezenas que acertaram suas dívidas em setembro, mas nenhum deles foi incluído na listagem, além dos 14 “escolhidos” pela Comissão Eleitoral.
Diogo Lemos, um dos vice-presidentes do clube e organizador da chapa de Rodrigo Dunshee, entrou com um recurso junto ao Conselho de Administração presidido por Bap, outro candidato a presidente. Em matéria publicada pelo ge.com ele detalha os motivos:
– A Comissão Eleitoral, cuja composição foi modificada propositalmente pelo Bap, quando este já se anunciava candidato, permitiu, contra a regra do Estatuto, que 12 pessoas que não estavam quites fossem incluídas na Relação de Eleitores, após o dia 31 de agosto. Essa comissão, inclusive, aceitou a inclusão do Rodrigo Tostes na lista de eleitores, mesmo ele estando em débito com o clube na data de corte. É importante destacar que na eleição de 2021, Tostes também devia ao clube, na data de 31 de agosto daquele ano, e não pôde votar ou ser votado – afirmou Diogo Lemos ao ge.
Diogo Lemos afirma também em seu recurso que os membros que autorizaram a inclusão de Rodrigo Tostes na lista de eleitores estão inscritos na chapa do corpo transitório do Conselho de Administração do Bap, o que fere o princípio da moralidade.
Com a exposição destes fatos, um grupo de sócios se junta para entrar com um pedido para que seus nomes também sejam incluídos na lista de eleitores, uma vez que o precedente foi aberto para Rodrigo Tostes.
Na próxima segunda, dia 4/11, o Conselho de Administração do clube se reunirá para debater sobre os temas relacionados à eleição e o clima promete ser quente, incluindo o protesto de sócios que se sentiram lesados com a decisão do Conselho, que é presidido por Bap.
