Michael é, certamente, um dos destaques do Flamengo na temporada. Em entrevista ao site “UOL Esporte”, o jogador falou sobre o seu início no Mais Querido, o que aprendeu com cada treinador que passou pelo clube (Jorge Jesus, Domènec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho) e sobre o carinho que recebeu dos demais companheiros. No entanto, ele afirmou que “buscar o seu espaço no elenco com tanta qualidade é muito difícil”. Enfim, confira os principais trechos da entrevista abaixo:
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Início de Michael no Flamengo
“Quando eu cheguei aqui, [o time do Flamengo] ele já havia ganhado o Brasileiro e a Libertadores e de uma forma espetacular. Buscar o seu espaço no elenco com tanta qualidade igual aqui é muito difícil. Eu até falei para o pessoal que fazer 100 jogos com essa camisa aqui e com esse elenco não é fácil. Porque tem muitos jogadores de qualidade. E, quando eu cheguei aqui, peguei dois ou três meses e aí veio a pandemia. E aí não deu para me adaptar muito bem. Aí, estava naquela política do ‘fica em casa’ e eu sou um cara hiperativo. Eu queria fazer alguma coisa, queria sair, brincar, ir conhecer os lugares também, porque o jogador também tem que dar uma desacelerada e curtir um pouco. Eu não conseguia e passei pelo que eu passei, a dificuldade que encontrei. Mas, a força desse grupo, do clube, das pessoas que me ajudaram, me tranquilizaram, me deram um pouco mais de abraço, de uma perspectiva diferente do que eu estava vendo, me apoiando, me ajudando, dando conselhos. Eu poderia evoluir dentro de campo, mas também fora dele, me cuidar mais. Então, é uma diferença muito grande sim. Com certeza. Mas que foi me ajudando a chegar naquele atleta que eu sou hoje”, disse Michael.
Diferentes Treinadores
“Eu cheguei aqui com o Thiago Maia, o Pedro Rocha, o Gustavo Henrique. O Mister [Jorge Jesus] foi um cara que me perguntou algumas coisas, ele tinha até umas brincadeiras. (…) Mas eram brincadeiras que não eram para me desmerecer, ele queria me ensinar. Porque, antigamente, eu jogava no Goiás e tinha um estilo de jogo. Quando eu vim para o Flamengo, era outro estilo de jogo. Eu tinha que me readaptar ao time, não era o time que tinha que se adaptar a mim. Então, ele quis me ensinar e eu quis aprender. Eu aprendi muita coisa? Aprendi. Mas também, muitas coisas quando vieram as comissões técnicas diferentes, eu tive que tentar me readaptar também aos outros”, contou Michael.
“Com o Domènec, eu não tive muito diálogo, porque ele não era um cara de dialogar comigo. Não é que ele [simplesmente] não conversava comigo, mas não tinha o que conversar também. Mas com o Rogério, eu conversava. Às vezes, ele vinha conversar comigo, eu ia conversar com ele. Às vezes, ele vinha me pedir alguma coisa dentro de campo, eu fazia. Com o Mister e o Renato, foi diferente, porque eles me perguntavam mais as coisas. Me cobravam quando eu estava errado, me davam conselhos, brincavam, tinha a resenha também. Então, assim, eu só tenho a agradecer a todos os treinadores que eu peguei. Não quero criticar ninguém, também não vou elogiar, porque todo mundo foi fundamental na minha carreira”, concluiu o jogador.
Bom momento pelo Flamengo
“Antes de eu chegar aqui ao Flamengo, já fazia tudo que eu faço, sabe? Eu fazia gols, deixava dois ou três jogadores no chão. Eu não fui jogador revelação em 2019 à toa. Eu também fiz um grande ano. E, quando cheguei aqui, eu não tinha uma confiança dentro de mim e eu precisava dessa confiança. E como ela veio? Veio com os jogos, com algumas decisões que eu posso acertar dentro de campo. Não é só os outros me passarem confiança, eu mesmo preciso ter a confiança de acertar as jogadas, acertar os passes. Não falo o gol, porque eu nunca fui jogador de muitos gols. Eu sempre fui jogador de passe, de furar a marcação. Então, a confiança e o carinho que eles depositaram em mim fizeram com que eu desenvolvesse o meu melhor e a cada dia inventasse coisas novas”, responde Michael.