A final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo se aproxima e dois líderes de movimento de inclusão realizaram grande atitude no último sábado. Rôsangela Barbosa e Marcos Felipe Leal, representantes do Sou Tricolor Autista e Autistas Rubro-Negros, respectivamente, se encontraram no Morumbi.
Enquanto Rosângela é mãe do pequeno João Pedro e Marcos é pai dos adolescentes Felipe e Gabriela. Os dois, durante o encontro, trocaram camisas e levantaram bandeira da inclusão. Ao ‘GE’, ambos falaram mais sobre a importância do ato.
”A algumas horas de uma grande final, nós do movimento Sou Tricolor Autista, tivemos a oportunidade de encontrar a torcida inclusiva do Rubro-Negro. O intuito de levantarmos a bandeira da torcida adversária foi demonstrar que, mesmo dentre nossas diferenças, temos que promover a cultura de paz nos estádios. Não precisamos nos matar porque torcemos para clubes diferentes. Pelo contrário: a união entre as torcidas pode mudar o mundo. E nós, com o movimento das torcidas inclusivas no Brasil, temos como propósito erguer a bandeira da inclusão. Da verdadeira acessibilidade! Vamos, São Paulo”, declarou Rôsangela.
”Ideia através desse encontro com a Rô, do Tricolor Autista, e de encontros com o pessoal do Palmeiras e do Corinthians é que a rivalidade é o que menos importa. Que é possível você torcer por times diferentes, mas com muito respeito, amizade e carinho. Isso não altera nada a questão dos nossos planos e sonhos em relação à inclusão. Essa questão da torcida única, por exemplo, é sem sentido. A gente quer tentar promover isso de que é possível de ir para os estádios sendo autista, cadeirante ou com qualquer. E, mesmo torcendo por times diferentes, poder assistir a um jogo numa boa, com paz. É possível se divertir, brincar e zoar sem violência. Isso é possível, e essa mensagem que queremos passar através desse encontro”, complementou Marcos.