Na noite desta quinta-feira (14), o Conselho Deliberativo do Flamengo se reuniu na sede do clube, na Gávea para votar duas pautas de suma importância para o futuro do Mais Querido.
Por maioria de votos duas pautas foram definidas, a primeira foi que a proposta de extensão de mandato para os presidentes foi vetado. Já a segunda pauta votada, foi o veto na emenda que proibia políticos em cargos no Conselho Diretor do clube.
A segunda decisão gerou muita confusão na reunião, o que gerou discussões, xingamentos e até mesmo agressões. O que culminou na decisão de anular o resultado da emenda votada.
Após a confusão, Eduardo Bandeira de Mello, falou sobre o episódio que aconteceu na Gávea. O ex-presidente do Flamengo classificou a confusão generalizada na reunião como um golpe violento.
“Antes dessa sessão do Conselho, vocês tinham me perguntado o que eu achava e achei que era um golpe. Mas achei que era só um golpe estatutário. Mas foi muito mais. A emenda foi lida, apreciada, votada, ganhamos de 80% a 20%. Todo mundo viu. O presidente do Conselho declarou o resultado. E aí, foi pressionado com violência, tomaram o microfone da mão dele, e se viu obrigado a anular a sessão. O que era um golpe estatutário, virou um golpe com truculência. Não tinha tanque de guerra porque não dá para entrar, mas vimos um ato de violência para tentar mudar uma decisão democrática. Se não fraudarem a decisão da ata da reunião, vai estar o presidente proclamando o resultado”, disse Bandeira.
O ex-mandatário do Flamengo completou dizendo que o episódio será uma mancha na história do clube, garantindo que não sabe o que o Conselho vai definir nas próximas horas.
“Agora não sei o que vai acontecer. Vão convocar uma outra reunião? Quarta a tarde, com quórum reduzido? Nós ganhamos. Os conselheiros do Flamengo manifestaram a sua opinião soberana pela democracia, mas isso foi manchado pela decisão de alguns conselheiros inconformados”.