O ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, falou sobre a tragédia do Ninho do Urubu, nesta quinta-feira, no podcast “Basticast”. Na participação, o atual Deputado Federal comentou a citação que a série da Netflix faz sobre a própria gestão no comando do Rubro-Negro.
Durante os três episódios da obra, o nome do ex-presidente do Flamengo aparece em assinaturas de documentos, que supostamente seriam decisivos para o incêndio. Contudo, Bandeira de Mello desmente a narrativa da produção e explica a verdadeira origem dos papéis.
“A minha assinatura está lá no documento de julho de 2014. Inclusive, isso fica bem claro no documentário. Vou explicar o que aconteceu, o Ministério Público tava avaliando as condições dos CTs dos clubes cariocas desde 2012. E o MP propôs ao Flamengo um termo de ajuste de conduta, que eles citavam uma série de melhorias que deveriam ser feitas. Nessa proposta, o Flamengo tinha cumprido x ítens e outros não, mas prometemos atingi-los. É disso que se trata o documento que aparece no documentário, que assinei, e ele é citado como determinante para o incêndio. O alojamento que pegou fogo nem existia na época”, explicou Bandeira de Mello.
Convite para participar da produção
Além disso, o ex-presidente do Flamengo também falou sobre o convite da produtora para a participação no documentário. De acordo com Bandeira de Mello, os diretores da obra o procuraram mas não chegaram a um acordo para inclui-lo nos depoimentos. Isso porque, o antigo mandatário do Rubro-Negro gostaria de saber antes o que seria perguntado.
“Eu fui procurado para participar, e estávamos negociando os termos dessa participação. Porque, um caso como este gera muitas injustiças, então queria saber onde eu seria citado e qual seria a minha participação. E eles (Netflix) não concordaram em abrir. Aparentemente não deu tempo para o acerto e eles não me procuraram mais”, disse o ex-presidente do Flamengo.
Opinião sobre o documentário
Por fim, Bandeira de Mello chegou a dar um veredito sobre a produção da Netflix. Na opinião do atual Deputado Federal a série documental da plataforma de streaming atende as expectativas de narrar as histórias das famílias que foram destroçadas pela tragédia.
“Eu achei um documentário bom. Porque esta tragédia foi uma coisa tão triste, o episódio mais lamentável da história do Flamengo, é difícil até você ficar pensando nisso. Foram 10 crianças que morreram, 10 famílias que ficaram destroçadas. E o documentário mostra isso”, concluiu.
O documentário “O Ninho, tragédia e futebol” está disponível exclusivamente na plataforma da Netflix. A série documental tem a direção de Pedro Asberg e é formada por três episódios.