Segundo o jornalista, André Rocha, o lateral Ayrton Lucas, do Flamengo, teve uma boa atuação nos noventa minutos da vitória da seleção brasileira sobre Guiné por 4 a 1, em amistoso realizado em Barcelona. Ele acertou 79% dos passes (30 de 38), realizou três dribles em três tentativas, efetuou dois desarmes e duas interceptações, além de ter acertado a única finalização que fez no alvo.
É possível afirmar que o lateral do Flamengo aproveitou bem sua oportunidade, mesmo enfrentando dificuldades para avançar ao ataque devido à falta de espaços. No entanto, é importante ressaltar que esses amistosos, sob o comando do interino Ramon Menezes, são praticamente inúteis em termos de observação e projeção para o trabalho do novo treinador da CBF, já que ninguém sabe quem é e nem quando assumirá efetivamente o cargo.
Desde a Era Tite, a seleção brasileira tem a tendência de atacar mais pela esquerda, onde atuam jogadores como Neymar e atualmente Vinicius Júnior. O novo camisa dez se posiciona aberto e, quando busca a diagonal, geralmente é para finalizar ou servir, dificilmente acionando o lateral em suas ultrapassagens.
Durante o amistoso, Ayrton Lucas teve a oportunidade de interagir com jogadores como Joeliton, uma nova e interessante opção no meio-campo, e até mesmo Paquetá e Richarlison. Com isso, o lateral auxiliou os zagueiros Militão e Marquinhos, o lateral Danilo e o volante Casemiro na saída de bola, buscando espaços para apoiar aberto ou por dentro quando ocorriam inversões de jogo.
Apesar do bom desempenho defensivo e da participação na construção das jogadas, Ayrton Lucas foi limitado pela falta de oportunidades ofensivas. A forma como a seleção brasileira atualmente se organiza em campo não favorece as ultrapassagens dos laterais, tornando seu trabalho mais voltado para a sustentação do jogo e o apoio aos companheiros.
