Antipatia Rubro-Negra fora de campo

Flamengo passa na frente de clubes da Série A em busca de jogos com torcida, quando mandante, no Campeonato Brasileiro

Casa cheia! Prefeitura do Rio de Janeiro libera 100% de público nos estádios
(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo conseguiu no STJD a liberação para jogos com torcida, quando mandante, pelo Campeonato Brasileiro. Entretanto, a ação tomada pelo clube Rubro-Negro foi mau vista por outros clubes brasileiros. Ao contrário do combinado, dirigentes do Fla passam na frente de demais clubes da competição, e buscam permissão antes que todos possam usufruir deste recurso.

Existia um acordo de cavalheiros nos bastidores dos dirigentes dos clubes brasileiros. A volta da torcida deveria acontecer quando todos os estados aprovassem o retorno do público aos estádios. Porém, o Flamengo, na “malandragem” não respeitou o acordo.

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“Pleitear um direito na Justiça é legítimo, ainda mais com tantos antecedentes, igualmente equivocados, em finais de Libertadores e Copa América no Rio de Janeiro e a torcida no Mané Garrincha contra o Defensa. Mas ‘o combinado não é caro’. Se os clubes acordaram que voltariam em conjunto, convém respeitar.”, opinou André Rocha em sua coluna no UOL Esporte.

A suposta liberdade de buscar a volta do público aos estádios, ignora empecilhos provenientes do atual cenário Nacional, e individualiza questões coletivas. “A direção do Flamengo se alinha com essa visão desde sempre. Na volta apressada do futebol em 2020, na ‘gestação’ da MP do Mandante em conversa direta de presidentes entre Rodolfo Landim e Jair Bolsonaro. Na pressão por volta do público quando ainda nem havia vacina”, relembrou André Rocha.

O colunista, caracteriza a posição de dirigentes Rubro-Negros como bárbara. O Flamengo exerce maior influência nos bastidores futebolísticos e impõem sua vontade em detrimento dos outros clubes. “Todos livres e desprotegidos, vigora a lei do mais forte. De quem tem a caneta, o dinheiro e/ou a pistola. Ou seja, a barbárie contra a civilização”, caracterizou o colunista.

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O Rubro-Negro encanta dentro dos gramados, porém volta a ser antipático fora deles. Apesar de tudo, vale lembrar que não existe um único vilão nesta história. Os clubes brasileiros são administrados através da individualidade em geral, ninguém se preocupa com os problemas dos outros.

“É claro que há distorções e não existe só um vilão. Os outros clubes falam agora em ‘isonomia’, mas quando a CBF não respeita as datas FIFA e o Flamengo tem cinco titulares importantes convocados, ninguém admite o desequilíbrio e a punição ao mais competente”, relembra André Horta.

Em suma, a atitude Rubro-Negra foi mais uma iniciativa individualista de dirigentes do futebol brasileiro. Não existe coletividade no meio, é cada um por si, e acaba vencendo quem tem mais influencia.